29 de dez. de 2011

A prece dos sábios

Observar é algo extremamente prazeroso - detalhes, linhas, formas, pontos, coisas novas. Observamos e vemos além. Converso com as pessoas observando os seus olhos, as suas mãos. Olhos e mãos são as nossas portas para esse lado "de fora"; olhos e mãos contam segredos que não precisam de muitas palavras. Eu também gosto de observar bem e ouvir bem, claro, o tom da voz. Deboche, esperteza, naturalidade, humildade, certeza, dúvida. O que sai da gente é também um pouco de nós.
Me pego observando, às vezes, calada. Olhos acompanham movimentos, ouvidos espertos, corpo parado. Me ponho a ouvir e aceito o direito de ficar calada, sem precisar opinar ou acrescentar nada. Isso não é frequente, infelizmente. Mas quando acontece é incrível. Quando eu consigo, finalmente, me conter e conter as minhas opiniões extremas, e fico somente a ouvir, ouvir e ouvir o que dizem, pensando sobre o que querem dizer e tudo mais... Nossa. Ficar em silêncio me faz bem. E, creiam, o meu silêncio quer dizer muita coisa.


Desejo um feliz ano novo a todos. E quanto às promessas, projetos... É bom guardarmos no nosso silêncio; ficam mais seguras lá.

9 de nov. de 2011

Ao vento

Que coisa mais cruel ensinar uma criança a falar.  Tira-lhe a inocência e o mistério do silêncio e impõe-lhe o veneno dos verbos. Quando os anjinhos dizem 'papa' ou 'mama', é um orgulho só; uma pena que em alguns anos aprendam a falar palavrões, fazer chantagem emocional e tudo mais.
Palavras são brinquedos,sabe? Criamos novas, criamos novos significados, moldamos as que já existem, falamos bobagens. Mas podem também ser armas. Cruéis. Machucam,sabe? Palavra escrita, falada...
Ah,palavra, quão perigosa tu és... Um simples monossílabo 'não' muda tudo. Eu não matei ninguém nesse inverno. É bem verdade, mas se não houvesse o tal negador ali no meio pessoas se afastariam de mim com medo. Ele não mentiu pra você. Que bom, afinal... Bendito não. Ou maldito às vezes.
Às vezes despejamos palavras, às vezes faltam-nos palavras. Ah, palavras... Quem dera ter o dom de fazer arte com vocês. Quem dera.


4 de nov. de 2011

Em paz, com Deus

Me encontro há dias tentando entender o sentido e a aplicação da palavra "paz" nos meus dias, na minha vida. E ainda não consegui uma resposta digna.
Andei viajando, pensando em mim e no mundo. No mundo e em mim. Em países do oriente médio, como a Líbia, por exemplo, ou qualquer país em guerra civil, a ideia de paz vem sempre ligada com o princípio da não violência(salve Gandhi!). Em morros e favelas brasileiros, a compreensão também é a mesma - não violência, não ameaça.
No Hospital Geral Clériston Andrade, um dia de paz talvez seja um dia estável, com poucas ou nenhuma(meio impossível,mas vai) entrada de paciente gravíssimo. O trânsito em paz é um trânsito livre, onde carros não precisam esperar e pessoas não precisam temer. Uma cirurgia ou uma operação policial ocorrem em paz quando tudo dá certo e nada extraordinário acontece.
Seria, então, a paz uma coisa ordinária, comum? Convencionou-se uma ideologia de naturalidade das coisas que nos fez acreditar que esse tal fluído comum, não violento, estável e livre das coisas seja o sinônimo de paz. Mas paz é isso mesmo? Estabilidade, ordinariedade. Que  tédio,não? Será que a paz é chata?

Penso em mim e nas vezes em que tive (e tenho) paz e como cheguei até ela. Noto que a minha paz vem com o esquecimento. Esquecer de todas as adultices que nos ensinam (e nos adestram) é estar em paz; esquecer de verdade e deixar a mente livre pra buscar as coisas boas na memória. Esquecer que amanhã tem aula cedo, que há contas a pagar, que alguém ficou doente, ou desempregado, esquecer as cascavéis da beira da estrada(não sem antes pisar na cabeça delas!), esquecer a roupa suja, a DR, a cotação do dólar, o que for. Esquecer dos outros me deixa em paz, esquecer de mim um pouquinho também. Esquecer de tudo, e eu falo de TUDO mesmo.
Na verdade, só as crianças podem explicar bem o que é ter paz. Não há preocupações, dilemas ou cobranças sociais. Só precisam tomar banho às 17h e fazer a lição de casa nos anos mais avançados. Quando eu penso como uma criança, eu entendo a paz.
Minha paz chega até o meu lugar com o vazio de preocupações, tensões, perguntas, curiosidades. Paz é sossego. Paz é paz,pô.

Mas o que é paz pra você?

17 de out. de 2011

Um passeio na Cachoeira

Quando eu malhava, todas as tardes eu praticamente tinha que atravessar a cidade de Cachoeira toda, e era um percurso engraçado. Na verdade, engraçado não é a palavra apropriada. Era um percurso um tanto reflexivo, interessante. Que seja.

Logo ao sair de casa, o vizinho maluco dá as boas tardes a sua querida comadre. Por entre o bigode enorme pergunta: "E o coroa tá ai?"(meu pai). Da escola primária que fica logo na esquina, saem crianças que brincam, correm, esperam pelos pais, mães, avós, irmãos mais velhos. Que coisa mais bonitinha é criança fardada, não? Ficam tão diferentes daqueles anjinhos penteados quando chega o final do dia...

Jardim Grande é o nome do que eu chamo de Praça dos Vadios. Um grupo pequeno de senhores joga dominó, algumas outras crianças com uma ou duas mulheres adultas brincam no parquinho, um homem dorme no banco, um grupo que aqui chamam de "sacizeiros" (não me cabe julgá-los, jamais) conversa e ri, estudantes de um colégio estadual esperam pelo transporte para as suas casas, futuros motoristas praticam na rua ao lado.

Mais alguns passos e me deparo com uma "egreja evangélica", no lugar que muitos julgam ser a "terra da macumba". Passo também por uma casa onde uma senhora encolhidinha, por volta dos 96, sempre fica na janela. Me pergunto se há 80 anos atrás ela também ficava assim, aguardando o cortejo dos rapazes.
Bem ao lado,(mais) um casarão, grande, poderoso e abatido pelo tempo, assim como a senhora que acabo de mencionar. E do mesmo jeito mantém sua beleza em essência(nesse momento, me vêm a cabeça romances clássicos como "Senhora" ou "A moreninha" sendo vividos dentro dessas paredes. Sem esquecer, claro, das "Vítimas algozes").

Um pequeno gato sai de uma "casa de ervas", lugar onde são vendidas velas, imagens, banhos de descarrego e afins, e ervas propriamente ditas para o preparo desses banhos, colares de contas, enfim - tudo que um bom "trabalho" precisa para ser feito(a excessão da fé,que não se vende, claro).
Em frente ao fórum da cidade, uma outra pracinha, um boteco e pequenas lojinhas. É lindo como o comércio e os órgãos públicos se adequam a toda história que transpira esse lugar - placas e letreiros talhados na madeira, luminárias antigas e a pintura meiguinha.

Adiante, passo pela Irmandade da Boa Morte e imagino como tudo deve ter começado de fato. E como era antes dos turistas aparecerem. E o que as primeiras participantes diriam se vissem o formato em que a festa centenária é feita atualmente.

Na outra esquina, outra igreja - católica essa é. Sua altura deve ser equivalente a um prédio de sete andares, seu significado é incomparável. Para os nativos pode ser só "mais uma igreja em restauração", para mim aquilo é história viva, gritando, pedindo "virem seus pescoços e olhem para mim com mais respeito!". Quantos escravos devem ter ficado naquela escadaria porque não podiam entrar na casa do Deus branco o qual eram obrigados a adorar? Quantos casamentos vestidos de rendas e tecidos nobres devem ter acontecido nesse lugar?

Ao lado desta igreja senhora, uma delegacia que tem tido algumas dores de cabeça por conta do PCI(Primeiro Comando do Interior)(até isso,meu Deus).

A uns vinte metros dali, fica a Praça da Aclamação - a Câmara municipal funciona num prédio magnífico, que tem um "micro-museu" em que o caboclo e a cabocla nos recebem e nos dão as boas vindas.

Ando um pouco mais( já to quase chegando) e me deparo com a Pousada do Convento. Imagino D. Pedro II entrando por aquela porta para a inauguração da nossa digníssima ponte. Que pousada linda,meu rei...

Prédios, casarões, casinhas antigas tão desgastadas.. E eu me pergunto quando que passaram a deixar isso acontecer? A quem culpar por isso,meu Deus? Ao tempo? Aos proprietários? Porque deixaram a histórica e heróica Cachoeira ficar tão... acabada, cansada?

Ah, se eu mandasse no Iphan... As coisas seriam muito diferentes.

9 de set. de 2011

Ontem me deu saudade.

Das tricotagens na aula de literatura. Das conversas no papelzinho. Dos intervalos de aula conversando no banquinho com Marlene mandando todo mundo ir pra a sala. Dos abraços inesperados. Do desespero pelas respostas premiadas. Das imitações bafônicas. Das brigas pra decidir cor da camisa. Das discussões homéricas na aula de redação. Da enrolação na aula de física. Das mentirinhas debochadas (em que eu sempre acreditava). Dos intervalos sentados na mesinha da praça de alimentação. Dos dias do mico "fail". Do forró prévio de são joão. Da ansiedade pelo resultado do vestibular. Do emocionante discurso de formatura. E do entediante também. Da tensão pré-simulado. De brigar com uma vaka qualquer. Da aula chata de inglês. Do pãozinho da cantina. Das loooooooongas aulas na quinta de tarde. Das fugidinhas pra o mercantil. Das sonolentas quero dizer irresistíveis aulas de química. Dos conversadores incansáveis. Das dúvidas com o cdf boa praça. Das intriguinhas entre turmas. Do menino que me chamava de querida e me deixava SUPER irritada com isso. Dos meninos tímidos e engraçados. Das meninas organizadas. Das festas desorganizadas. Das despedidas de um professor(que nunca foi a nenhuma delas kkkk). Da professora apelidada de cão. Do professor de franja branca, do professor magrelo, do professor barrigudo, da professora maria-betania-feelings, da professora perspicáz de gramática, do bossalzinho oui oui , da professora patricinha, do professor rude(que no fundo era um fofo), do professor rush-rush-rush-rush, da professora da bioética, dos professores que chegaram nos 45 do segundo tempo, do professor-vereador-contador-de-história, do professor de camisa verde - de todos eles.
Ontem me deu saudade daqueles dias intermináveis, daquela maldita trigonometria.

Ah, terceiro ano, fico saudosa,porém muito feliz que tenhas passado dessa forma..


(Será que eu preciso citar nomes?)

8 de set. de 2011

Temos nosso próprio tempo.

O filme  "O homem do futuro", dirigido por Claudio Torres, e lançado na última quarta-feira entoa nos seus 102 minutos a canção de Legião Urbana, Tempo perdido, repetidas vezes, como alguma espécie de mensagem subliminar.
O personagem principal Zero é um cientista amargurado que trabalha num projeto de uma 'nova forma de energia' que,sabe-se lá como, foi capaz de levá-lo a uma noite traumática do seu passado, quando passou por uma humilhação por parte de sua amada Helena. Desesperadamente, ele muda o passado, achando que desta forma terá um futuro magnífico -  o que, obviamente, não acontece. Com a consciência do seu primeiro futuro, ele percebe que fez uma grande estupidez ao tentar mudar o passado e retorna para impedir a si mesmo que mude o próprio passado.
Lembrando muito o formato de vai-e-volta de "Efeito Borboleta", o filme atrai por deixar no ar - final feliz ou final trágico para o homem que quis brincar com o tempo?
Os incríveis e talentosos Wagner Moura e Alinne Moraes dão vida a Zero e Helena respectivamente e mostram que o cinema brasileiro é capaz de ser bom sem precisar falar palavrões.
Além de cômico, "O homem do futuro" é tocante, emocionante.
Eu adorei. Muito.



Quem deseja uma resenha crítica mais "completa" , clica aqui!

25 de ago. de 2011

Algumas coisas que aprendi na van Feira-Cachoeira

1. Fones de ouvido não são acessórios, são itens de necessidade pública por alguns motivos:
- o cd do motorista é muito tosco(ex.: Aviões do Forró, às seis e pouca da manhã)
- tem alguém que fala alto e te deixa sabendo toda a sua vida(ex.: "esse negócio de separação não presta, não; eu larguei a mulher, continuo pagando tudo, que ela não trabalha, e tem os meus filhos,né, e agora eu ainda pago as minhas contas" - romantismo? oi?)
- tem outro alguém muito mais rude e tabaréu que fica ouvindo qualquer coisa no celular - qualquer coisa porque até quando é algo que eu gosto me sinto mal; é um assédio musical, um estupro aos meus ouvidos que perdem sua vontade própria e tem sua liberdade violada
- caso clássico de discussão religiosa acontecendo ao das minhas zurêa: "Esse negócio de micareta vai acabar, o povo tá tomando consciencia, tá indo pra a lei de crente (...)"

2. Se estiver frio, ou quase frio, ou qualquer nuvemzinha no céu, não sente no fundo. Todas as pessoas da frente abrirão alguma brechinha de suas janelas e, no fim, o vento ou chuva que entrar na van serão "direcionados" para  a sua cara desacordada. E com gosto.

3. Cuidado com os ombros. Algum indivíduo -  sonolento demais e ainda desacostumado com o "jeitinho" pra dormir sem ficar escorregando ou a cabeça dando N voltas - irá utilizar os seus ombros como travesseiro ou babador. Na dúvida, chame o cobrador.

4. O motorista não vai frear prudentemente e, se quiser dormir, amarre a cabeça no encosto do banco, a não ser que você deseje um torcicolo ou coisa do tipo.

5. Certamente alguém estará com um creme de pentear "daqueles" com o cheiro super forte trazido pelo vento intenso que entra pela janela. Quanta crueldade com os nossos narizes, meu Deus.

Devem acontecer mais coisas, mas só lembrei dessas. Quando forem me visitar em Cachoeira, vão no bus da Santana - mais seguro e confortável. #Ficadica.

24 de ago. de 2011

Diga 'sim' a vida.

Mães que abandonam os seus bebês em condições absurdas - sacolas plásticas, baldes de lixo, ao relento, etc - são indignas de serem chamadas de mãe. Independente das condições em que está vivendo ou de depressão pós-parto, não há justificativa. Porque não entregar a criança a um abrigo? Ou a uma pessoa que queira adotá-la e cuidar dela? É sempre isso que eu me pergunto - se não queria a maternidade, porque não a permitiu que fosse de outra pessoa?
De fato, muitas mães não querem a maternidade. Mas sejamos práticos:  métodos contraceptivos não faltam e a distribuição gratuita em postos de saúde existe. E porque tanta gente engravida? Irresponsabilidade, falta de instrução, "acidentes de percurso", má utilização dos tais métodos. Como eu ia dizendo, nem todas as grávidas querem ver seus filhos vivos, aí aparece o aborto provocado.
Os que são a favor, dizem que a mulher tem o "direito sobre o seu corpo", esquecendo-se que em 9 meses a criança estará fora dele, podendo  ser criada e educada por pessoas que a amem e desejem. Há quem diga que a criança vai atrapalhar a sua vida e tudo mais e, na boa, como diria minha mãe: "se não quer cagar, não come!". Mas isso ainda não é capaz de convencer,né? Vamos para o argumento moral (aulas de filosofia ajudaram hehe)

A mulher nasceu, cresceu e engravidou - hoje ela é um ser pronto, perfeito. Se a sua mãe tivessem a abortado, não estaria aqui desta forma. Se a sua mãe a tivesse rejeitado antes mesmo que ela pudesse oferecer um pouco do seu amor, ela não estaria viva e rejeitando o próprio filho.
Ninguém quer ser rejeitado,não é? E lembremos que a mãe que rejeita seu filho pode um dia desejá-lo e ser rejeitada por ele.

"Se permitimos que uma mãe mate o seu filho em seu próprio ventre, como poderemos dizer aos homens que não matem uns aos outros?"
(Madre Tereza de Calcutá)

(há também motivos religiosos para minha aversão ao aborto, mas estes não cabem aqui, uma vez que nem todos os meus leitores são cristãos ou espíritas)

23 de ago. de 2011

Quando alguém bate na porta.

Hoje.
Atrasada e sonolenta, fui abrir achando ser uma encomenda de dias atrás. Lá estavam duas senhoras que me olhavam esperando o convite pra entrar.
- Bom dia,pois não?
- Bom dia,minha filha, tudo bom? Nós viemos em nome de Jeová e...
-Vocês são testemunhas de Jeová?(quase perguntando: "Do que esse cara é acusado que tem tanta testemunha??")
- Sim, Jeová é o Deus verdadeiro.
- Hum... Eu sou espírita( tinha esperanças de que elas fossem embora)(foi como dizer "morre,diabo!"), mas somos todos cristãos,não é?(tentando amenizar o susto hehe) Acreditamos no mesmo Deus e..
- Isso. Você sabe que Jesus é o filho e Deus é o pai (só faltou dizer que Maria deu o golpe da barriga), mas você conhece o nome do Deus verdadeiro?
- Jeová??? (imaginem a minha cara irônica de interrogação)
- Isso, isso mesmo.. Como tem aqui na Bíblia sagrada (ela leu algum versículoo) (...) Então, o nome do verdadeiro Deus é Jeová.
- Mas o nome é só a maneira que a gente chama,não?(porque eu tava tentando discutir?) O Deus é o mesmo, seja ele Yavé, Jesus, Emanuel, Jeova..
- Nããããão! O nome de Jeová é carregado de poder e força de Deus.
-(a outra senhora) Entrega o panfleto a elaa, fulana..

- O paraíso é isso aqui...(como eu vou mandar essa velha embora,meudeus?) Você consegue imaginar agora crianças brincando com leão ou urso? Num futuro próximo (que está próximo há quanto tempo mesmo???) isso vai chegar dessa forma para todos..
- Todos??? (WTF?)
- Todos que crêem em Jeová..
- Mas e aqueles que crêem e cometem falhas também?
- Não, só aqueles que crêem e andam no caminho certo..
- Ah tá. As senhoras me desculpem mas eu estou atrasada..
- Apareça,minha filha, (...)


Basicamente, foi isso: Jeová, Jeová, Jeová cegamente. Eu tolerei e quase tentei discutir, mas seria perda de tempo, murro em ponta de faca. Deixa lá.
Da próxima vez, digo que sou mãe de santo e bato tambor. Aí a gente vê no que dá...

(a história das testemunhas de Jeová é #tensa,gente. Podendo, leiam sobre!)


25 de jul. de 2011

E quem vale mais?

Fatos do fim de semana:
- Amy Winehouse foi encontrada morta. Suspeita-se de overdose. (suspeita-se? eufemismo,ok)
- Chacina na Noruega - duplo atentado: Carro bomba e tiros deferidos a jovens em um acampamento numa ilha.
Vamos analisar os dois casos,né?
 _
A menina que teve sucesso, fez sucesso e fazia sucesso, com prêmios e somente dois discos lançados, se recusava a ir pra reabilitação. Ela dizia não, não, não. As letras de suas músicas pareciam um desabafo, um pedido de socorro(acho que ouvi essa expressão no Fantástico) . Mas será que realmente era um pedido de socorro, ou um alerta?
Era apaixonada e o cara era um sapo. Depois que Amy morreu, ele chorou e disse que suas lágrimas não irão secar. HELLO. Ele assumiu também ter 'apresentado' a Amy as drogas pesadas. Ela era apaixonada.
Caiu nos vícios e o final da história conhecemos.
Pessoas apaixonadas ficam idiotas,ok. Mas ninguém obriga a ninguém a puxar uma carreirinha de coca,né? Amy era maior e vacinada, sabia o que fazia. Mas, por favor, (isso não é campanha anti-drogas) quem não sabe o mal que faz? Os riscos que corre? A merda em que se afunda?
Pois bem.. Amy mergulhou nos vícios, afundou e afogou-se. A quem culpar? Ao Blake? Aos pais?
Não há culpados,meus queridos... Nós somos os responsáveis pelas nossas escolhas, mesmo que as escolhas sejam verdadeira cagadas.(com o perdão da palavra)
 _
E lá do outro lado do oceano, lá no norte, bem norte mesmo. Um lugar de que pouco se falava, quase não se via nos jornais. Mas lá também tem fanático político racista feladaputa (não resisti). O atentado com carro-bomba assusta bastante,sabemos, mas aterroriza muito mais a consciência de que o um ódio político ao 'Partido Trabalhista'(coincidências terríveis) foi capaz de levar um homem a tamanha brutalidade. Mas não é só ódio político. Ódio às minorias, aos imigrantes,aos mulçumanos.
A complexidade da ação de Anders Behring Breivik e todos os bastidores do que ele fez são pontas de alguns icebergs, retratos de uma Europa conservadora e que ainda tem uma sujeirinha de nazismo deixado pelo cara lá do bigodinho. Mas, ok. Eu juro não generalizar nem julgar, afinal, a Noruega é um país marcado pela paz e coisa e tal (isso que estão dizendo, só tô reproduzindo).
Aí vem um louco e resolve atirar em jovens de um partido que estavam reunidos em um acampamento. Eram 600 jovens. A quantidade de mortos ainda não é precisa. Infelizmente, cada um daqueles jovens tornou-se um número a mais, um corpo a mais encontrado e enfim...
_


Pois bem, no buscador de coisas da internet mais conhecido, ao digitar as palavras "massacre noruega", encontrei "aproximadamente 2.090.000 resultados (0,13 segundos) ". Quando a busca feita foi por "morte amy
 winehouse", foram "aproximadamente 5.420.000 resultados (0,12 segundos) ".
Quase o triplo.
Enquanto escrevo o texto,lembro das discussões em aulas de
redação sobre quem sãos os nossos heróis.
Nesse caso, a pergunta é: quem são as verdadeiras vítimas?
Não cabe a mim julgar quem 'merecia' ou não morrer. Mas quem
é vítima nesses dois casos, de verdade?
Pelo dicionário Priberam de língua portuguesa,  vítima é a pessoa
que "morre ou que sofre pela tirania ou injustiça de alguém". Se esse "alguém" puder ser a própria vítima,
 ok, Amy também é vítima(porém algoz)
vestibular da ufba?eim? Caso contrário, eu poderia dizer que
 Amy procurou o destino que teve, assim como
 outros astros e gênios da música.
Mas e quem não procurou? Todos aqueles jovens e um assassino...

Caberá aos mais sábios julgar.
Só acho que falaram demais de uma vítima das
próprias burradas e esqueceram as
 vítimas de uma grande burrada.

22 de jul. de 2011

Bem, então, er, tá bom.

20 de julho e - de repente - todo mundo começa a desejar um feliz dia do amigo até pra desconhecidos. Mas será que essa coisa de dia do amigo existe mesmo?
Eu acredito que o dia do amigo é aquele em que você está mais pra baixo do que qualquer outra coisa poderia estar(eu ia dar um exemplo tosco hehe) e o seu amigo te liga de surpresa,arrancando-te alguns sorrisos, trazendo consolação..O dia do amigo é o dia em que você passa a tarde conversando asneiras e nem sente que o tempo voou.
Algumas dezenas de exemplos viriam,mas é marromenos isso aí.
Os meus amigos mereciam um texto digno e cheio de homenagens,mas a minha cabeça está enferrujada..

O que importa é que os amigos não sejam amigos só no 20/07; sejamos amigos todos os dias, salvemos os dias dos nossos amigos.

Com carinho.

6 de jul. de 2011

Desabafo confuso...

Minha cabeça está cheia de ideias, mas o meu corpo, cansado, se recusa a escrever uma letra. Às vezes eu penso que seria tão mais  fácil ter um corpo extra pra esses dias cansados que penam a terminar. Às vezes eu queria um eu-extra, pra quando o principal não aguentar, ele estar disponível. Como um gato,sabem? Dizem que tem sete vidas, ah, quem me dera. Chegar à 7ª sem cometer os erros da primeira.
Eu sinto que preciso expor, escrever, colocar pra fora, desabafar. Com quem seja. Com os meus leitores ocultos, com os meus amigos distantes, com a minha gata de estimação. Faltam-me ouvintes às vezes. E aí eu desabafo pra mim. Eu penso, escrevo, leio e depois me dou conselhos. Sou assim, criativa. O único irmão que tenho é homem, tenho uma certa dificuldade pra confiar minhas fragilidades às pessoas e conversar com os meus pais não é nada divertido.(certas coisas também não compartilho nem com o meu namorado).
Eis que assim prefiro eu e eu mesma. Ego moído, coração cansado.

1 de jun. de 2011

Sem respeito não dá.

Inspirada pelo texto da blogueira e colega Thainá Freitas ou Isabela, e também por uma besteirinha que me aconteceu hoje, resolvi bater numa tecla cansada, repetida mas que ainda não foi 'engolida'. Tolerância religiosa. Ou melhor, intolerância religiosa. E eu não venho com papas na língua, minha indireta é direta.
Algumas pessoas dizem-se cristãs, mas não lembram-se daquela parte do contrato em que o Cristo disse: "Amai ao teu próximo como a ti mesmo."
Amai, respeitai, não julgai. "Não julgues para não serdes julgados." E quantos senhores da razão tem aparecido por aí? Quantos donos da vez, donos da verdade, donos da palavra existem por aí?

A ignorância tem sido o retrato de alguns cristãos que eu conheço. O não conhecimento do que vem do outro, do que não é meu, é o que provoca tanta loucura, tanta falha, tanto erro inoportuno nos homens. E seria tão mais fácil conhecer antes de falar,né?
Preconceito e ignorância; até quando, Deus? Deus este, que tal como disse muito bem a já mencionada Japa, só muda pra nós, humanos. Porque Ele(a) é o mesmo. Tem a mesma força.

E eu cansei. CHE-GA. Chega. CHEEEEEEEEEEEEEEEEEEGA. Eu não suporto mais gente etnocêntrica, egocêntrica, ignorante, idiota,retardada,etc, que só vê no espiritismo os espíritos, as almas, os encostos - ou seja, aquilo que não é central no dogma desta religião que é cristã, sim(pra quem não sabe.). Eu não suporto mais pessoas ligando, sem nem conhecer nada, espiritismo ao candomblé(não tenho absolutamente NADA contra pessoas seguidoras/praticantes do candomblé,umbanda,etc etc. entendam meu clamor...).
Eu não suporto mais gente falando sem conhecer, sem saber. E fazendo perguntas patéticas.
E também não suporto mais quem fala ACHANDO que conhece, num tomzinho arrogante, naquele estilo 'essa sua religião aí'..

E saibam que meu problema com preconceitos/conceitos furados/falas ignorantes não tem ligação somente com a religião. Tem a ver com a minha dança, mas isso não é o papo de hoje...
Pronto, falei. (e não vou me ater a maiores explicações pra a indireta não ficar realmente diretíssima)
E claro, o Chico Xavier seu lindo, também falou.


"O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos  amássemos uns aos outros." (XAVIER, Chico)

27 de mai. de 2011

De onde você vem?

No dia-a-dia, nas horas de lazer, no caminho até o supermercado, em todos os lugares e praticamente o tempo inteiro, encontramos com pessoas diferentes - são roupas, rostos, cabelos, calçados, bolsas, carros, em torno dessas pessoas, objetos externos que podem aparentar alguma ou outra coisa que está por dentro daquela pessoa, mas não dizem muito.
O jeito de falar, a presença de uma criança, a companhia de uma mulher mais velha, se a pessoa usa maquiagem, brinco, como o cabelo se arruma, talvez esses outros objetos, agora superficiais, queiram dizer quem é essa pessoa - pai/mãe, professor(a), paulista, baiano(a), empresário(a), vaidoso(a) -, enfim, outros tantos fatos da vida de alguém que não signifiquem tanto e possam ter um sinificado atruibuído erroneamente.
Rotineiramente, flagro a mim mesma fazendo as mesmas perguntas: De onde veio essa pessoa? E pra onde vai? Será que ela é gentil? Será que tem filhos? Porque será que essa pessoa fala desse jeito? Porque essa pessoa não quis sentar do meu lado? Será que essa pessoa já foi vítima ou praticante de algum tipo de violência? Como deve ter sido a infância dessa pessoa? (...)
Incansavelmente, eu tento montar um quebra-cabeça, criar fatores que justifiquem aqueles objetos externos e superficiais que fazem parte dessas pessoas. Eu imagino dramas, famílias, escolas, infâncias, pessoas, educações, MUNDOS diferentes. Eu imagino e fico morrendo de curiosidade, morrendo de vontade de chegar e falar "E aí, como é a sua vida?"(lógico que não o faria, tenho cara de doida?)...
Não só com as pessoas que encontro no meu caminho - na ida pra a universidade, na universidade, na lanchonete, no trabalho, na rua etc -, mas com as pessoas que vejo na televisão. Exemplo clássico(e clichê): menor de idade de classe média envolvido em algum homicídio.
Que educação esse indivíduo deve ter recebido? Como a sua estrutura familiar se portou durante sua vida? Teria esse indivíduo passado por situações traumáticas? O que o levou a fazer algo,que julgamos tão absurdo pra uma pessoa que mal tem personalidade formada?
E por aí vou...
Me pergunto, me respondo, invento.


Assim surgem os meus personagens.

26 de mai. de 2011

Beco sem saída

Eu preciso falar. Falar, falar e falar, e não cansar nunca, e alguém mandar que eu me cale. Mas aqui ninguém manda que eu me cale. E eu falo. Pois bem.
Odeio gente repetitiva. Odeio gente que não é humilde. Odeio esse amor moderno que surge em duas semanas. Odeio essa superficialidade. Odeio gente que fica querendo saber mais que todo mundo. E odeio muito, mas muito mesmo, gente preconceituosa. Odeio falsos simpáticos, falsos 'boa praça'. Odeio atrasos. Odeio chuva e frio. Odeio hipócritas. Odeio esse mundo que vive de aparências. Odeio o teclado do meu notebook que dá pane no meio do texto. Odeio pessoas que falam uma coisa e fazem outra. Odeio essa falta de inspiração que me aflinge tanto. Odeio quando planejo algo e não dá certo. Odeio mesmo. Odeio tudo isso.
Odeio formiga, odeio perdões repentinos. Eu não sei fazer isso. Eu odeio essa coisa de 'dar segunda chance'. Eu odeio muito acordar cedo. Odeio gente que escuta música no celular sem fone de ouvido em ambientes públicos. Odeio procurar uma música pra baixar e não encontrar. Odeio gente corrupta, que quer tirar vantagem de tudo. Odeio quando Charlotte peida perto de mim.
E agora estou odiando não lembrar de mais nada que odeio.

Era isso. Reli tudo e continuo me achando uma velha com espírito egoísta e rancoroso. Fazer o quê,né?


ps: música-inspiração. se você tentar entender o porquê, me explique, por favor.

4 de mai. de 2011

Peru sim. Morro na véspera.

Ai ai ai, ansiedade, porque eu? Porque fizeste de mim mais uma vítima dos teus tormentos? Eu não durmo, eu não me concentro.. Somente penso no que está por vir! Porque tem que ser assim?
Eu deixo as minhas unhas em paz, mas comer que é bom nada(ok, isso é até uma coisa boa tendo em vista que vou apresentar com uma roupa sem aquela parte que cobre a barriga)...

Pela primeira vez, eu tô quase histérica com uma apresentação de dança. Em agosto, acontece o Oriental Fair (www.orientalfair.blogspot.com) em Feira; eu inventei de apresentar uma coreografia solo com a espada. E ainda vou colocar minhas pupilas pra dançarem também.
Tenho pensado nos mínimos dos mínimos detalhes: que brinco usar, que maquiagem fazer, como usar o palco, o nome da coreografia, que música é a perfeitona, onde vou escovar o cabelo, pinto ou não?, braceletes ou não?.. Ai, é tanta coisa! Vou dormir tendo ideias e praticamente já acordo pensando nisso...

E agora?
Só em agosto saberemos.

29 de abr. de 2011

O Cordel e o Encanto


(se você não assiste a novela das 6 da rede Globo,nem leia, a não ser que queira motivos para assistir...)

Com chamadas atraentes e uma imagem diferente, a novela prometia muito pra mim, uma telespectadora que abandonou o hábito de ver novelas há alguns anos(5 mais ou menos). A descrição imprecisa e convidativa dos personagens chamou a minha atenção. No dia do primeiro capítulo, se não fosse pelos tweets de Thainá(colHega de sala), teria esquecido completamente.. falta de hábito, né.
Como diria o Tatau(em 'Protesto Olodum'), e lá vou eu... Tenho assistido até hoje. Tenho observado e sentido a história fluindo rapidamente, e analisado alguns detalhes técnicos.
A abertura conta o início da história, utilizando a xilogravura(cordel), técnica de reprodução de imagens numa espécie de carimbo(saiba mais clicando aqui) que eu muito admiro e a música do Gilberto Gil interpretada por ele e uma voz que até então eu desconhecia - Roberta Sá. As rimas e a história da música utilizada dão alguns sinais de possíveis fins da história da princesa Aurora/Açucena (encanto) ,o que talvez não signifique muito se compararmos a outras novelas...
O elenco da novela tem muitas 'feras' - Débora Bloch(a duquesa interesseira) e Luís Fernando Guimarães(o mordomo-amante/encanto), Zezé Polessa(primeira dama exibida) e Marcos Caruso(o prefeito desajeitado - cordel) - e pelo que eu notei o diretor elegeu os casais mais fofos de todas as últimas novelas e conseguiu criar outros, todos com histórinhas de amor belíssimas (encanto), inspiradas em histórias já existentes.
Ainda há por trás de todo o núcleo principal encontre-a-princesa, (encanto) a parte cômica, dosada levemente, que uma novela, principalmente das seis, que se preze, deve ter. O árabe com duas esposas, o delegado que usa peruca, a dupla prefeito e primeira dama, o menininho que tem o 'jeitinho brasileiro', um gago, uma cangaceira vovó, enfim, figuras populares, frequentes em textos de literatura cordelista. Claro, não poderia deixar de citar o vilão Timóteo e o trabalho de Bruno Gagliasso, que mudou de um italianinho bígamo (Passione) para um filhinho de papai-coronel, apaixonado pela princesa-heroína Açucena e que morre de inveja do herói filho de cangaceiro Jesuíno (cordel/encanto).
Os cenários vão desde o reino de Seráfia até o interior do nordeste na cidadezinha de Brogodó(adorei o nome,por sinal)...

Cheia de detalhes, a novela não peca nem pela falta, nem pelo excesso. Tem me satisfeito e me feito assistir Malhação(da minha paciência) pra não perder o horário pra ver Açucena chamando Jesuíno de 'meu noivo', Doralice de 'sirigaita' e sua mãe de 'mainha'(cordel).
Apesar de alguns defeitos(serão mencionados em outro texto), é daboa. O cordel é mesmo encantado e é encantador..

Fica a dica,queridos! ;)

23 de abr. de 2011

Uma felin(D)a em minha vida


Charlotte é uma gatinha que parece bastante com o Tom(do desenho 'Tom & Jerry'). Ela apronta as coisas mais absurdas - faz cocô no chão do banheiro, roubou bolo, doce e até feijão, dormiu na cama da minha mãe(sem ser convidada),etc etc; e come ratinhos indefesos(adoro essa parte). É uma gatinha manhosa, dengosa que não existe parecida (do tipo que baba com um cafuné), gulosa (vem comer só de ouvir o barulho da ração na vasilhinha) e bastante comportada (ela nunca me arranhou,pelo menos).

Chegou assim, sem ninguém desejar ou chamar, deitando na garagem como se fosse a verdadeira dona da casa. Ficamos com o coração apertado - apesar de nem todo mundo(nem todo mundo = meu pai) gostar de gatinhos - e damos algum resto de comida. E dizem que depois do primeiro rango, tsc, já era. Eles se sentem, de fato, em casa. Faz sentido. Nos dias seguintes,ela passou a entrar em casa, dormir no assento das cadeiras e tudo mais.
Foi ganhando espaço, foi conquistando... E eu resolvi cuidar. Comprei ração, logo compro remedinho pra verme, dou vacina anti-rábica e aprendo a dar banho. Mas tudo em seu tempo,né?

E hoje Charlotte deu uma de surtada, começou a correr sozinha de um lado pro outro, querendo comer mosca, assustada com tudo.
Fico devendo uma foto da tchutchuca, mas a imagem do Tom diz muito,né? ;)

20 de abr. de 2011

Não rolou.

Ai, eu detesto quando um texto não rola. Como? Eu tenho a ideia, as palavras chave e até o título, mas o texto não rola, não flui. Normalmente, eu mesma não gosto, não consigo terminar, daí eu recomeço, remodelo, parto pra uma outra análise, mas o texto não rola... É terrível, tão terrível quanto separar todos os ingredientes para fazer um bolo e descobrir que o gás acabou. Ah, como eu detesto.
Eu me sinto tão impotente perante a indisposição de um texto, é uma infelicidade, uma insatisfação. Um enorme conjunto de "in"s que são superados somente com um outro texto, um novo tema. Afinal, tal qual o amor, nada como um texto após o outro...

15 de abr. de 2011

E porquê Segundo Sol?

Vejamos, caros companheiros. Desde março de 2009 eu mantinha o blog Ruiva ao acaso Ѽ, onde eu escrevia de tudo da minha vida, mais da minha vida que das coisas do mundo, em geral. Eis que eu resolvi dar uma reviravolta na minha rotina de blogueira, até porque agora eu (cof cof) sou uma pessoa um pouquinho mais madura... No fim do ano passado, eu comecei a mudar meu estilo de escrita, naturalmente, o blog me acompanhou, meus temas me acompanharam.
Eu andava procurando um título novo, legal, que fosse capaz de explicitar essa nova fase, esse novo começo, esse segundo blog, considerando que o blog não é só entretenimento e cute-cute na minha vida, é uma parte realmente importante, porque é nisso que eu pretendo trabalhar.
Então vamos juntar as partes...
Segundo blog. Blog > importante. Sol > Astro rei.
Err...
POR FAVOR, ESQUEÇAM DA CÁSSIA ELLER! Adoro a música, mas eu não quero realinhar ordem de nenhum planeta,ok?
Continuando...
Eu não queria um título auto-explicativo, porque valorizo uma certa subjetividade..

Mas e porque a frase do Greg(ório de Matos)?
O autor era ilustremente conhecido como Boca do Inferno, por conta da sua poesia satírica, e digamos que de sátira eu nem gosto..

Bom, é isso.
Espero que tenha ficado quase claro, gentes!

14 de abr. de 2011

Um Oxford pra chamar de Meu.

Feira de Santana(BA) é uma cidade conhecida pelo seu comércio, diversificado, forte e blábláblá. Confiando nesta bendita fama, fui até o centro da cidade(Sales Barbosa/Senhor dos Passos) em busca do sapatinho mais cute do momento, os famosos(pelo menos pra mim) Oxford.
Eu passei pelas 'maiores' e mais conhecidas lojas de calçados(Mersan/Jorasan/Zig) e os super gentis(ironia? onde?) vendedores, quando eu falava a palavra Oxford, olhavam pra a minha com cara de que-diabo-é-isso-menina? e diziam "ÓX-FóRDi? Tem não..". O pior é que parecia que eu não sabia falar, e vejam bem...
Lá vou para as lojinhas miúdas e encontrei(finalmente) um bonitinho. Mas... poxa, e aquele que eu vi na Riachuelo que provocou esse caso de amor irresoluto? Fui na Riachuelo. E o bendito não estava mais lá! (mistérios da meia noite) Lá vou eu (novamente, eu sei, tá repetitivo...) pra as lojinhas miúdas que ficavam próximas das lojinhas grandes. E encontrei o lindo, o tchutchuco que está hoje ali na minha cômoda (ainda dentro da caixa!)(o meu é no mesmo modelo desse; só que é rosa/goiaba, mais ou menos assim) .

Ok, este relato não pretende ser fútil, apesar de vir de uma apaixonada por sapatos, e sim crítico.
No meio da minha busca incansável, eu percebi o quão os vendedores são mal treinados, ou mal pagos, o que os leva a um atendimento que eu diria não ser dos melhores. Infelizmente, ainda não há no empresário feirense a percepção de que o crescimento da sua empresa depende também do tratamento dado pelo vendedor ao cliente, que compra, paga e quer ser bem recebido. Observei também que, apesar de ter toda a fama, o comércio de Feira é bastante conservador, desligado das tendências fashionistas; não que isso seja importantíssimo, até porque a massa de consumidores da cidade está apenas interessada em ficar bonitinho(quem liga pra moda mesmo?), entretanto, este fator demonstra um certo retrocesso, uma falta de visão mais ampla do mercado. Mas, quem sou eu pra falar dos comerciantes exploradores de vendedores de Feira,né?
Só consumidora. Não consumista, jamais. Mas consumidora, que pesquisa e que escolhe pelo atendimento, não só pelo preço.

7 de abr. de 2011

Outra realidade menos morta

Estou em estado de horror. Nos últimos anos, temos ouvido muito falar de chacinas em escolas dos Estados Unidos, Alemanha, Japão, Canadá, etc. Mas, sabem aquele tipo de coisa que você jamais imagina que vai acontecer com 'você'? Sabem aquele tipo de tragédia que você demora a aceitar que aconteceu?
Pois. Assim estou. Eu não concebia, até hoje, que no Brasil haveria um caso desse. Mas houve e tal acontecimento me fez acordar. Garota, o inferno não é só ali, ou na casa do vizinho. Ele pode ser aqui também.

Andei lendo em alguns sites, a maioria das vítimas eram meninas entre 12 e 14 anos. Crianças. Inocentes. Vítimas da insanidade e descontrole humano.

Definitivamente, estou em estado de horror.

2 de abr. de 2011

Respire. Desista.

(bom ler ouvindo, dica*)



Hoje eu quis não ter coragem pra olhar no espelho. Porque o espelho me põe em confronto com a única pessoa do mundo de quem a opinião realmente me importa: eu mesma. E hoje eu não quis me enfrentar. Eu não estava com uma das melhores opiniões a meu respeito, eu me achei a pessoa mais idiota e imatura do mundo por alguns instantes, e depois eu vi que, talvez, eu realmente estivesse certa. E hoje eu não quis, de verdade, olhar em nenhum espelho. Nenhum. Nem aqueles de maquiagem... Ou os de banheiro, que são os mais cruéis.

Hoje eu não quis olhar no meu olho, me ver como eu sou. Hoje não. Hoje eu fugi de mim, no sentido real da palavra. Eu fugi da minha cara lavada de auto-crítica e auto-depreciação. Eu simplesmente não quis precisar ignorar o que eu vi, porque assim teria sido. Eu ia me olhar, me encarar. E que cara feia é essa? E ia tentar esquecer.. Esquecer.. E nada. Daí, eu ia tentar mudar olhando no espelho novamente. Mas e agora? Essa é você, menina. Menina. Conflituosa. Frágil. Confusa. E,por mais absurdo que pareça, sensível.

28 de mar. de 2011

Aventuras na Van, na Kombi e no Bus.

Segunda-feira é o dia oficial da preguiça, e das tragédias - acabei de crer -, porque hoje, sinteticamente, foi um dia trágico.

A ida para Cachoeira City foi tranquila - somente eu e mais três meninas(Nine, Thainá-japa e Juliane) fomos hoje. A van não morreu nenhuma vez, e, apesar das ultrapassagens perigosas e da marcha que não queria mudar, chegamos sãs e salvas.
Depois da aula, que acabou cedo, sonhando que saindo às 12h, estaríamos em Feira às 13:30, fomos procurar o motorista. Mas o motorista não estava na van. Ele estava numa Kombi(vale ressaltar que tinha escrito 'transporte rural' na lateral). E lá vamos nós, famintas e felizes.

Menos de 10km de curva + aclive, o disco de freio não aguentou - na verdade, já não estava aguentando. Logo na primeira mudança de marcha, eu e minha maldita boca de praga: "Eta, essa Kombi vai quebrar, já tô até vendo.. " E, como quem fala demais dá bom dia a cavalo, foi dito e feito. Menos de 2min depois, olha a Kombi desfalecendo aos poucos, abandonando-nos ao relento(detalhe: pudemos ver todas as oferendas que haviam nas curvas da estrada. E eram muitas) e deixando-nos a beira da estrada, orando por uma Van saudável ou uma carona segura. Nada disso rolou.
Um indivíduo enviado por Deus, ou por Oxalá - quem sabe? -, passou num ônibus vazia(o retrato do motorista: sem camisa, jeans surrado, ouvindo Saiddy Bamba) e parou. Todos choram de alegria.

Foi montada uma espécie de reboque e lá vamos nós - o Bus era o lugar mais ventilado do mundo, haviam várias janelas e até as cortinas balançavam. (criança feliz curtindo o vento detected). Depois de uns 20 a 30min, a série de ladeiras acabou, o reboque foi desfeito. Mas, inexplicavelmente, eu e as outras três meninas ficamos no Bus. A Kombi seguiu logo atrás de nós, quando DE REPENTE o motorista se embrenha numa estrada de chão.
Eu me senti numa simulação de sequestro+estupro+homicídio desqualificado do Linha Direta, Juliane se sentiu no filme Turista, e Thainá e Nine apenas riam das nossas caras de vou-chorar-vou-morrer-quero-minha-mãe-FUDEU-GENTE!!!!..
E o motherfucker do motorista,notando nosso desespero, RIU. Ele riu,gente. Riu com deboche, desprezo ou com pena, sei lá.
De repente(mais uma vez), notamos que havia uma oficina se aproximando - isso apenas 1min depois de começar a estradinha de chão - e ficamos aliviadas por termos visto pessoas. Pessoas \o/\o/
A Kombi foi deixada na oficina, e nós - ocupantes iniciais da furada - voltamos para a pista.. pra esperar. Por um transporte até Feira.
Inventamos de ficar em baixo de uma frondosa árvore que nos acalantou com sua sombra, e que tinha também um senhor boi gigante amarrado. Eu juro que fiquei com medo. Aquela coisa toda de Lei de Murphy,sabem? O carro quebrou, estrada de chão .. Só faltava uma carreira de um boi pro dia ficar completo!
Mas, graças a Deus, nada de carreira de boi. Uns dez minutos depois, uma Van, nova, chiquérrima(em comparação a que usamos todos os dias) e abençoada, passou por nós e, finalmente, estávamos num transporte seguro e que funcionava direito. Ah, e com um motorista decente.
A caminho de casa... Eu nunca me senti tão.. aliviada. De verdade.

Quando chegamos em Feira, meu pai-herói foi me buscar no ponto(pra quem mora aqui: desci em frente a DEAM) porque estava caindo uma daquelas chuvas torrenciais fura-cabeça-com-um-pingo. E o meu final feliz resumiu-se a um almoço caprichado e um bom sono depois.


É. Segunda-feira é dia de tragédia.




ps: eu só sei que foi o disco de freio porque o motorista estava comentando com o cara do Bus.

25 de mar. de 2011

Violência.. mas pra quê?

Esses tais seres humanos que abrem a boca para a auto-denominação de 'civilizados'. Mas civilizar quer dizer sair do estado primitivo, polir, progredir, e de que tipo de progresso falamos? Organizações sociais cheias de regras e costumes inexplicáveis? Ou tecnologia em massa, desenvolvimento intelectual e afins?
Somos civilizados porque vivemos em ordem(?).. Mas que ordem é essa? Que ser humano é esse?

Brigas entre torcidas organizadas são frequentes - quantos pais de família que apenas queriam assistir a um clássico podem ter morrido inocentemente apenas por estar usando a camissa errada na hora e lugares errados? - , bullys nas escolas - quantas crianças depressivas, agressivas e reprimidas mais serão criadas por outras que usam da agressão verbal, moral e física para se sentirem 'melhores' ? - , brigas de trânsito - quantos motoristas nervosinhos irão discutir ou atropelar ciclistas, motociclistas, pedestres,etc ? - , atentados terroristas - quantos homens bomba ainda precisamos pra entenderem que Alá não curtiu isso? - , pedofilia - quantas crianças ainda terão que ser vítimas para isso ter um fim? - estupros - quantas mulheres terão sua dignidade violada pela própria fraqueza ainda? -, quanta violência e agressão gratuita(sem nenhuma motivação) ainda teremos que tolerar, assistir e 'entender' ?

Porque, na boa, eu não entendo. Comunicamo-nos o tempo inteiro, então, de repente, um soco fala mais alto, uma bala foge do controle, enfim, a palavra perde seu papel e a coisa fica feia - basta ver,por exemplo, vídeos amadores de brigas no Carnaval(que eu me recuso a criticar, deixo pra Raquel Sherazade) que resultam em feridos e em fim de festa para alguns.
Eu não entendo porque é tão difícil dizer DESCULPE-ME. E porque, às vezes, torna-se também tão difícil OUVIR.

Será que é esse tipo de civilização que o dicionário define?


Por favor, um mundo de paz. Logo..

22 de mar. de 2011

Perdão e esquecimento

Eu não aprendi a perdoar de verdade. Nem creio que isso será breve, e sei que é um defeito gravíssimo. Sei também que é recorrente a muitos.
De todo modo, com influência das aulas de filosofia, o que realmente é o perdão?
Conceituando, de forma generalizada, entende-se que no ato de perdoar cabe o cessar de um ressentimento decorrente de alguma falha, decepção, etc. Mas como controlar os sentimentos? Como deixar de lado, esquecer, ignorar, enfim.. como perdoar?

Na minha humilde concepção linguística, perdão convém com aceitação e compreensão, generosidade e sinceridade. Principalmente, aceitação. Porque? Precisamos aceitar que as pessoas não são perfeitas e estão sucetíveis a erros. Ok,mas e quando esses erros são propositais(ex.: um indivíduo que comete um assassinato lucidamente de um ente-querido seu)? E quando aquele que comete a 'falha' não se arrepende, não procura o perdão? É difícil ter coração nobre. Compreender que não precisam pedir perdão para perdoarmos leva tempo e precisa de uma certa dose minúscula de egoísmo, porque o perdão reflete,primordialmente, em nós mesmos, na nossa conduta, no nosso jeito de viver.
Quem consegue perdoar também é generoso consigo, porque deixa de nutrir maus sentimentos, e com o outro, porque livra-o da culpa pelo erro. E, por fim, sinceridade. Porque esquecimento é completamente diferente de perdão, porque é impossível fingir - pelo menos o tempo inteiro - que perdôou, quando, na realidade, manteve a mágoa em si.

Mas antes de tudo isso. Quem somos para julgar culpados, errados, infortúnios, enfim? Todos erramos, sempre, o difícil é aceitar o erro do outro..
Teoricamente, é tão mais simples ...



"Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te. "
(Friedrich Nietzsche) (não tenho certeza se a frase é dele,o Google disse..)

20 de mar. de 2011

Eu nunca disse adeus.


As pessoas vão e voltam, chegam e partem. E o mundo gira, e as coisas continuam acontecendo, a vida segue em frente.. Mas como seguir em frente?
Despedidas não são o meu forte, e por isso eu não me despeço. Parece simples, mas agir como 'breve nos veremos',quando na verdade a situação é de 'não sei quando nos veremos' é bem complicado; fingir que nada vai mudar é bem complicado; parecer que realmente haverá um reencontro logo é a coisa mais absurdamente desconfortável que existe.
E nós refutamos,sempre, em dizer adeus - não lidamos bem com a morte, choramos em aeroportos, em términos de relacionamentos sofremos como condenados, ao deixarmos uma escola, ou instituição que frequentamos, sentimos falta como de uma pessoa. Enfim, e por fim. Dizer adeus é cruel, triste e, no fundo, até desesperador. Mas a vida é assim, as coisas passam.


"Agora, pra sempre. Foi embora, mas eu nunca disse adeus ... "

A dois passos do paraiso

Finalmente, instalada na casa nova e de cara nova, a blogueira não deve mudar muito,só para melhor,claro. Mais causos cômicos da minha vida, mais personagens fictícias com histórias do meu pedaço surreal, mais opinião,mais indicação e mais músicas.

Uma vez, iniciei o blog falando sobre a minha mania de escrever, e agora reinicio-o prometendo aprimorá-la(com aula de 'oficina de textos' na universidade não vai ser difícil..). Aprimoramento, evolução e combinação. Eu quero também trazer o que eu chamo de "participações especiais".

Eu começo uma fase diferente da minha vida - universidade - e com ela recomeço essa parte da minha vida, meu humilde blog, na esperança que um dia eu seja paga para fazer o que eu mais amo: escrever. São esses os meus passos e também o meu paraíso.

Beijos iluminados!


@nai_ss

Vou na janela,por favor.

Eis a minha pedra mais preciosa, mais difícil de conquistar, mais frágil, mais delicada. Confiança é o seu nome. Ela cresce um pouquinho nas conversas de todo dia, mas precisa, às vezes, dar um passo atrás para dar dez a frente. Mas porque não entendem? Porque não intercedem?
Ah,confiança, você é geniosa, difícil. Quase uma criança birrenta, daquelas que demoram a ir pra o colo de estranhos e que, com um descuido qualquer, rejeita e rejeita. E é tão difícil de retomar-lhe,confiança. Às vezes, pode ser impossível, como um viajante que foge ao primeiro sinal de que está se fixando a um lugar..
Andar em um arame-farpado-bambo. É assim essa coisa de confiar. Pequenos machucados, e, um deslize,uma queda bruta, violenta. De cara no chão. De cara. Na cara.
Às vezes é tão mais fácil desconfiar, desconfiar. Eu desconfio. De todos,sempre. Mas quando confio...

Existem


certas coisas que me envergonham por já ter tido o cabelo bem vermelhão.


16 de mar. de 2011

Breve relato - escritora com cólica!

As aulas na UFRB segunda começaram com chave de ouro. Digamos que
1 meu espírito CAHLoura empolgada me impulsionou a querer muito ir pra a aula - mesmo sabendo que a probabilidade de não haver nada era de 98,7% -, 2 eu vou continuar morando em Feira por algumas semanas e 3 eu havia 'contratado' uma espécie de transporte Feira-Cachoeira para me levar para a universidade. E eu acho que só eu estava afim de ir pra aula. Porque o cara do transporte me ligou com aquela voz de tem-problema-mas-é-seu dizendo que ninguém ia pra a universidade, somente eu e outra pessoa. Eu, que já tinha esperado quase 1h, dei um jeito de ir com um outro meio de transporte. Ok, superei. Superei derretendo, diga-se de passagem.

Ainda não tivemos um trote, vale citar, o que me leva a cogitar toda a teoria da conspiração com tudo e todos que passam pela universidade.
Ex.: O ventilador não pegou. O prof. chegou atrasado.
Daí pra pior..

Estou ansiosa, não vou negar. E tensa, obviamente..

15 de mar. de 2011

Há quem acredita em milagres

Fim da poluição. Fim das queimadas. Fim do tráfico de animais. Fim do desmatamento. Fim da corrupção e do suborno. Fim da violência contra mulher. Fim do crime organizado. Fim da pedofilia. Fim dos crimes passionais. Fim da violência, de qualquer forma de violência. Fim do capitalismo selvagem. Fim do consumismo, da anorexia e da depressão. Fim das cobranças. Fim da falta de tempo. Fim da vida por status. Fim das modinhas e clichês. Fim do Restart(hehehe). Fim do bullying, do preconceito.


Que fim você acredita que seria um verdadeiro milagre?
Comente ;)

Uma dor do outro lado

A tragédia no Japão tem nos chocado. Um terremoto, um tsunami e um acidente nuclear.
Mais uma vez a população daquele país vai ter que enfrentar todas as consequências da utilização de energia nuclear - a primeira,foram vitimados por uma bomba durante uma guerra catastrófica, e agora, resultado de uma catástrofe natural. Mais uma vez o povo nipônico terá de se unir e se reerguer. E eu não tenho dúvidas que isso acontecerá gradativamente, levando o tempo certo.
Assistir nos noticiários diversas vezes as imagens do tsunami me provoca uma certa dor que eu não consigo explicar. Imaginar todas aquelas pessoas que não tiveram escapatória, que foram levadas pela violência da água, ou morreram pela pancada de algum objeto que também era carregado, me causa enjôos, tristeza, preocupação..
Há quem fique apenas assustado. Apenas, porque nem todo mundo se comove ao imaginar famílias dizimadas pela força da natureza.
Eu não consigo ficar só assustada, só horrorizada. Eu tenho a sensação de que o mundo pede socorro. E logo ..

4 de fev. de 2011

Apagão? WHAT?

Como se não bastasse a seca, o preconceito do sudeste, ainda me aparece um apagão.
Em plena quinta-feira, eu me preparando para a minha leitura noturna, ficou tudo escuro.
- Puts, vou ter que ligar pra a Coelba.
Eis que ouço minha digníssima vizinha mau educada e barulhenta "Pronto, agora faltou energia nessa porra." Juro que pensei numa pane geral no bairro, ou na cidade. Mas, gente-inocente, foi no Nordeste. WTF?
- Ok, já são 11h mesmo,vou dormir e amanhã fico sabendo do balacobaco.
Eis que acordo por volta de 1h da manhã com a luz do meu quarto e a do banheiro acesa e,claro, incomodando.

E hoje, pela manhã, minha mãe comentando e lá vou eu pra a amada internet.

29 de jan. de 2011

Confissão de pobre

Eu tenho tudo para ser consumista.



















Menos o dinheiro.

28 de jan. de 2011

Novidades do balacobaco 2

Não passei na UFBA, nem na UFPE. É. A vida é assim. Mas, thanks to God, a UFRB me trouxe uma vaga, já me matriculei e dia 17 de março estarei lá,caloura por demais.
Estou ansiosa e chateada por conta das não-aprovações.

O novo endereço do blog já está certinho, só falta meu querido amigo Markinhos(do ar)Rocha arrumar a 'cara nova'.

Há um projeto em vista para a criação de novos textos-história,que será divulgado por completo quando estivermos de casa nova.


Por hora,só isso.
Beijos,meliga!



E,janeiro, já tá na hora de acabar,hem,neném?

21 de jan. de 2011

Um mundo de decisões - Fim

" Me casar com o Daniel foi a loucura mais sensata que eu fiz na vida e eu nunca me arrependi, de fato. Desde o primeiro momento, ele me passou confiança e em todosos momentos seguintes ele fora a minha motivação. Tivemos filhos, compramos uma casa de praia e fizemos investimentos em vários setores. Fomos felizes. Com certeza, fomos felizes. Somente quando eu e Daniel brigávamos é que a saudade do meu pai me sufocava.

Um homem da minha vida me empurrava para o outro, porque ambos eram a minha proteção.

Passei a entender o sucesso dos meus livros, mas não pelo ego e sim por ter passado a escrever coisas que não aconteciam com ninguém. O surreal é agradável às mentes humanas, mesmo quando não tem final feliz, porque ele as transporta para longe da vida difícil.
Daniel. Lembrar de como eu o perdi machuca muito e me faz lembrar do meu pai; mas isso é uma outra longa história..que começa exatamente como esta."

F I M.
(ou um novo começo, talvez.)

20 de jan. de 2011

O melhor

de ser amiga dos seus leitores é isso...

(no msn)

Eu: eu ficaria com o tal Daniel só pela criatividade
Felipe: ou seja .. eles vão ficar
Eu: ela é bipolar.. pode ter achado invasivo.. eu acharia tb
Felipe: hum ... você tá querendo me confundir hunfs
Eu: imagine só .. o cara nem conversa direito, eu chamaria a polícia(...) eu tô querendo de confundir! s2
Felipe: eu sei ¬¬

Rafa: "MAS EU TINHA CANSADO DE SER SENSATA" Vou colocar na minha frase do msn.



(e a mais engraçada)

Marcos: Vai rolar um sexo lá em cima?





Adoron perigon! Até domingo, o gran finale será publicado :D

Um mundo de decisões 4

" Insistiram tanto que eu acabei aceitando fazer a tal festa de lançamento, com direito a autógrafos e entrevista coletiva. Eu juro nunca ter entendido porque tanto sucesso se o que eu escrevia acontecia com todo mundo. Talvez as pessoas gostassem de se sentir um pouco personagem principal e fugir da vida real, dos problemas reais. Fizeram uma festa linda, elegante e bem frequentada.


Quando eu estava entre dezenas de livros e leitores histéricos pela sua vez, um homem que eu não conhecia, deve ser jornalista - pensei - , deixou um cartão no bolso do terninho básico e clássico que eu vestia. Depois da euforia, ao chegar em casa,peguei o cartão que tinha uma letra esquisita e estava escrito:


Ele era lindo e estava certo. Eu liguei e não me arrependi:

- Daniel?
- Finalmente, Elis. Eu já não aguentava mais o frio aqui fora.
- Aqui fora.. onde?
- Na frente do seu prédio. Tem um belo jardim aqui, eles têm bom gosto.
- Na frente do meu prédio? O que você quer aqui? QUEM é você?
- Por favor, me deixa subir. Se eu falar por telefone, você não vai me levar a sério.
(...)
- O porteiro vai te revistar, afinal, você sabe como as coisas andam, não é ..

Era loucura deixar aquele homem subir. Mas eu tinha cansado de ser sensata. "


Leia mais clicando aqui.

19 de jan. de 2011

BigPreconceitoBrasil

É ridículo que eu esteja falando disso aqui, mas eu não posso deixar escapar a oportunidade de alfinetar o preconceituoso e conservador público brasileiro. O BigBosta inovou chegou ao fundo do poço e apostou em tipos de pessoas diferentes. Ano passado, foi a galera da 3ª idade. Esse ano, uma transexual. Mas porque a vovó Naná ficou um tempão e a Ariadna saiu logo de primeira?
Que público é esse que esse programa tem?

Ok, óbvio que um programa que mostra a vida dos outros não deve ter um público cult, entretanto, eu esperava um pouquinho mais desse Brasil de variedades.
Ok², quem vota nessa coisa também não devem ser as pessoas mais interadas e críticas do mundo.
Ok³, todo mundo vai parar de seguir o meu blog porque eu falei de BBB, mas, CARA, SÓ PORQUE ELA É TRANS?

WTF???????

18 de jan. de 2011

Um mundo de decisões 3

" A Inglaterra era um lugar frio, com pessoas frias. Tudo me parecia meio morto - as construções, as luzes, os carros. Tudo. E para fazer parte desse tudo eu precisava morrer também. Morrer para nascer de novo em mim. E morrer significava extinguir tudo da antiga mulher que eu era. Mudei o corte e a cor do cabelo, fiz uma tatuagem. O piercing eu deixei para depois.

Fiz um curso de francês. Vocês conseguem imaginar uma brasileira aprendendo francês num país de língua inglesa? Teria sido uma tragédia total senão fosse pelo professor e seus olhos irresistíveis. Não sei se eram verdes ou azuis. Eram irresistíveis; irresistíveis demais pra que eu prestasse atenção nos biquinhos e érres que o idioma mais elegante do mundo exigia.

Foi um soco no estômago descobrir que ele era gay. Oui. Gay. Como eu não percebi? Eu devia ter desconfiado de tanta combinação e daquela pele maravilhosa. Eu até pensei em aprender outro idioma, mas outro professor lindo e gay seria frustração demais.
Finalmente, e decididamente, eu coloquei a cabeça no trabalho e lancei o meu 3º livro. "



Leia mais clicando aqui.

17 de jan. de 2011

Um mundo de decisões 2

" A vida agora era outra. Em Los Angeles as coisas não andavam, voavam. Tudo muito diferente da vida no interior do Brasil. Bares, baladas, festas. Quando eu me imaginaria nessa rotina mundana? Pelo menos os vícios( que eu já conhecia) eu deixei para trás. Somente vivo a procura dele, daquele a quem vou chamar, finalmente, de meu homem. Chega a ser ridículo falar que eu, aos 22 anos, nunca tinha tido um homem, se é que me entendem.
Beijei muitas bocas, toquei muitos corpos e até senti algum prazer. A única coisa que eu não senti foi emoção, sabe? Taquicardia, mãos tremendo, olhar fugindo, respiração ofegante, eu não conheci o que as pessoas chamam de amor. Quem liga pro amor? Na verdade, e melhor dizendo, para quem o amor liga? Esse é o tipo de utopia que funciona bem(mal) em filmes e novelinhas água com açúcar.
A vida real é diferente.
Cansada da vida noturna e vadia, aceitei que precisava retomar o meu trabalho longe deste país, destes costumes, deste sotaque. Digam, eu sei o que estão pensando. Eu fugi. De mim. E me achei depois em outro continente. Só."


Leia mais clicando aqui.

A voz do povo

é a voz de Deus. E o que o povo achou do meu cabelo preto-vermelho?

"Ainda bem que tu pintou esse cabelo. Tava horroroso, parecendo uma velha." (Minha Avó Lourdes)

"Ficou legal, menos jeito de menina." (Ikaro, amigo do meu irmão)

"Meu bemmmmmmmmm, seu cabelo tá duas cores, igual a de gambá?" (Rodrigo Cazeta, meu namorado super romântico)



Eu curti,ok.

Beijomeliga!

Um mundo de decisões 1

"O único momento da minha vida em que eu senti falta de um marido foi quando meu pai faleceu. Faleceu . É engraçado como tentamos amenizar a morte mudando apenas uma palavra. O meu pai havia sido o homem da minha vida - literalmente - nos mais puros sentidos: inspirou-me uma profissão, ensinou-me a fazer o bem e a perdoar, e me mostrou que, mesmo nos últimos momentos, a vida tem algo a nos ensinar. Um grande homem - era o que todos pensavam ao falar dele. E eu sabia disso.

Desse dia em diante, eu resolvi encontrar alguém. Eu procurava mais do que sexo e carinho, ou um calor na cama durante a noite. Eu precisava de alguém que me trouxesse confiança e motivação, apenas. Eu queria um motivo para seguir em frente e, talvez, para mim, um amor fosse o ideal. Um amor. Porque não vários amores? Estava decidido, então. Eu iria me encher de nadas e seguir em frente. Em frente, para onde, eu não sei. "




A moça dos nadas e tudos.

Elis : escritora, 22 anos, órfã de pai e mãe, bipolar, batalhadora. Uma mulher que decide o rumo que quer dar a própria vida e que vive um pouco sem rumo por ter muitos rumos. Ela é um paradoxo. É uma mulher bonita - e eu não quero descrevê-la fisicamente. Imaginem uma mulher bonita. Essa é a Elis. Imaginem uma mulher absurdamente bonita. Essa é Elis ao fim da história.

Marcador para ler todos os textos dela: MD

Serão 5 textos breves, e leves. Comentem,por favor. Eu preciso saber o que estão achando - os textos já estão prontos, mas de nada adianta postar e não saber o que estão achando.


Beijos da Meio-Ruiva

16 de jan. de 2011

Toda mulher gosta de rosas.


OU Mais um texto cheio de clichês sobre 'Como entender as mulheres'

Eis alguns fatos:
1. Os homens não querem entender as mulheres
2. Nós não queremos ser entendidas
3. Senão fosse pelos fatos acima, seria simples demais.

Assim como todo ser humano que habita sobre o planeta terra, nós, mulheres, somos únicas, diferentes, especiais. E generalizar não é comigo. Além disso, nós não somos tão frágeis como se diz por aí - marmanjo nenhum aguenta depilação com cera, fazer a sobrancelha ou até mesmo ter gases,imaginem se eles menstruassem, com direito a cólica e TPM? (mas como isso não é um texto feminista, vou parar por aqui). E nem somos tão sensíveis assim como nós mesmas pensamos. Sabe aquela coisa de calejar? Pois é. Em algum momento da vida, caleja.

Mulher gosta de falar, falar e ouvir alguma exclamação, só pra garantir que está sendo ouvida. Porque a gente fala até sozinha(a gente = eu ; se alguém mais falar sozinha, toca aqui o/). Lógico que gostamos de boas conversas, mas se for depois de um dia stressante, nem enche.

E o que olhamos num homem? Hello! Olhamos tudo. Algumas olham mais as mãos, outras os braços, outras os pés, outras o cabelo, enfim. São perguntas sem respostas, gentes. E eu confesso que nós não queremos responder. Pelo menos eu.
Se nós fôssemos decifradas, seria entediante, algo meio que ...exatamente o contrário da esfinge.
'Decifra-me E eu te devoro'. (seria legal isso tatuado)

Existem três filmes do nosso cinema que mostram assim.. de leve o quão complicado é tentar saber o que nós queremos.


Ps: Amigas, se discordarem, acrescentem nos comentários
2: Amigos, digam se serviu para algo.


Beijos da Ex- Ruiva (precisamos conversar sobre isso,inclusive)
1. Divã (com a maravilhosa Lília Cabral)
2. Muita calma nessa hora ( com a fofíssima Fernanda Souza)
3. De pernas pro ar (acabei de assistir)(com a maravilhosa Ingrid Guimarães)

São mulheres em fases diferentes da vida, com objetivos diferentes, vidas diferentes. Mas são filmes que mostram nossas dúvidas e dilemas de forma cômica. Indico porque adoro.


E como estou falando de mulher, no próximo post apresento a tal personagem, porque ainda não terminei os textos.

14 de jan. de 2011

Novidades do balacobaco =)


1
Pintei minhas madeixas ruivas. Estão meio pretinhos, escuros.. No Sol, parece que, na verdade, eu fiz algumas mechas vermelhas.
Mas,calma! Nem tudo está perdido... Ainda há uma parte ruiva em mim(eu deixei porque é muita emoção de uma vez só,né, colegas)

2
Meu espírito de escritora retornou. Como assim? Eu criei uma personagem e estou escrevendo uma série de textos(todos em primeira pessoa) que virão breve breve pra este humilde blog, que, provavelmente, mudará de nome.
Vai ter texto esclarecendo Quem é ela(a personagem), e a história virá subsequente. E eu pretendo criar outros,mas por enquanto, só projetos, porque se essa daí não fizer um sucessinho, eu não vou continuar publicando.

3
Não é bem uma novidade. PORRA,UFBA. Cadê o resultado,mainhaa?
(eu ri comigo)


Beijones!

8 de jan. de 2011

Conceituando


Presente de grego.



"A expressão, que significa dádiva ou oferta que traz prejuízo ou aborrecimento a quem a recebe, surgiu em decorrência da Guerra de Tróia."

Mas uma imagem é tudo,amigos.

Parece piada.

Na boa, o mês de janeiro deve estar rindo da minha cara.

Eu to fazendo contagem regressiva pro dia 31(hoje faltam 23 somente \o), visitando os sites das universidades a que prestei vestibular diariamente e quase tendo um filho de ansiedade.

O resultado da UFS saiu(não,não fiz UFS). Minha Jams passou. E eu me afoguei de orgulho, quase até como se fosse mãe dela.
O resultado da UESB saiu(é, eu também não fiz UESB). A Vakans Besti passou também. Eu nem senti orgulho (brincadeira,migannnnnnnnnns s2).

Só a UFBA que não sai. E a UFPE idem. Poxa,meu. Isso é uma tortura. (ainda bem que não tenho twitter, senão estaria chingando todos os dias ever hahaha)

Beijos,amigos!(só dando as good news das minhas queridas amigas)

7 de jan. de 2011

Além da vida

Eu preciso assistir esse filme. Logo.




(Pra quem não quiser ver o trailler)

Sinopse: O filme conta a história de três pessoas que são afetadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um operário norte-americano que tem uma conexão especial com o além. Em outro ponto do planeta, a jornalista francesa Marie (Cécile De France) acaba de passar por uma experiência de quase-morte que muda sua visão diante da vida. E quando Marcus (Frankie/George McLaren), um garoto londrino, perde uma pessoa muito próxima, ele começa uma procura desesperada por respostas. Enquanto cada um segue o caminho em busca da verdade, suas vidas se encontrarão e serão transformadas para sempre pelo que eles acreditam que possa existir, ou realmente exista - a vida após a morte.

2 de jan. de 2011

Err ... veja bem.


Eu juro que preferia Marina, mas, já que foi a Dilma, ótimo. Uma mulher na presidência do nosso país é uma espécie de 'EU NÃO FALEI QUE NÓS PODÍAMOS??'; e isso é extremamente satisfatório. Porque eu sou mulher e sou brasileira.
E falando nisso, vamos aos estúpidos que se acham melhores por terem nascido no Sudeste(assisti Fantástico nestante hehe). Na boa,man. O melhor presidente que esta joça de país teve até agora foi um cara barbudo, nordestino - pernambucano - e com pouquíssima instrução. Se São Paulo é o que é hoje é por causa dos milhares de imigrantes nordestinos que foram pra lá, fugidos da seca.
Eu não vou ofender ningas porque não tenho tempo a perder (literalmente).

2011 vai chegar chegando. Tô na casa da vovó, então,minhas promessas são 'quando eu chegar em casa, eu vou..'
Iniciar uma dieta legal(com frutas, sem refrigerante e pouca carne vermelha), começar a acordar cedo novamente(nem que seja para meditar a vida ou postar no meu humilde blog), começar a fazer caminhadas(parte da dieta \o/), etc etc.
É muita coisa. Muita coisa mesmo.

Olha que eu nunca gostei dessa história de promessa. Não é promessa,ok? É uma mudança de hábitos que vem com o ano novo. E por falar em mudança de hábito.. E esse benndito resultado da Ufba,gentemm??? Estou tão aflita quanto torcedor em final de campeonato, família de mineiro soterrado ou pai esperando fim de parto pra saber o sexo do bebê. Não exagerei.

Bom, amigos e amados leitores, that's it. Espero voltar com alguma novidade na terça(terça pretendo estar no meu home sweet home - esse negócio de lan house não é comigo miejimo).

Beijos e queijos(com doce de goiaba \o/)(quem liga pra dieta mesmo?!)

1 de jan. de 2011

Para 2011.

Depois falo mais(odeio lan house, já disse isso antes?); por hora, somente a Oração de São Franscisco serve.



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.