30 de jan. de 2013

Nostalgia de outro dia

(Escrito em 10/12/2012)

Ontem eu fui a uma festa de aniversário de 15 anos de uma aluna e, Deus, há quanto tempo eu não via uma festa dessas. Percebo que as nossas idades pautamos eventos sociais que frequentamos e por isso me senti uma estranha naquele universo que me cabia totalmente há apenas 3 anos. O engraçado disso é que eu pude observar comportamentos tão familiares até pouco tempo e hoje um pouco distantes do meu ethos pré-adulto.
Vi que algumas coisas não mudam  - você nunca terá a atenção da aniversariante por mais de 2 minutos. Sempre os primeiros a dançar são as crianças. Pré e adolescentes só se soltam longe de adultos (de preferência numa boite climatizada, isolada). Às vezes a ausência do álcool limita a empolgação das pessoas (mesmo as que não bebem). Duas meninas cochichando significa: "Fulaninho tá afim de você". Dois meninos na mesma situação: "E aí, ela falou o que?"(hipótese 1), "Viu como Beltraninha está gostosa hoje?"(hipótese 2) ou "Quero não,véi"(hipótese 3).
Lembro bem da festa de 15 anos da minha querida amiga-irmã Ninha e de muitos desdobramentos de tudo (claro que não vou contar! hahaha). Lembro da ansiedade de saber o que as meninas iam achar do meu vestido, da curiosidade de ver quem* estaria lá, do nervoso pela paquera com o ex-colega de sala, da resenha quem-pegou-quem, da piriguete que ficou com 4, das amigas reunidas e unidas...
Há tanto pra lembrar, ontem eu me diverti com a nostalgia daquela festa e com a saudade daquela época. Coisas simples, coisas boas.

23 de jan. de 2013

InsPira.

Verdade é que a tristeza é absolutamente inspiradora. As palavras fluem, o coração chora e a gente põe tudo pra fora. Às vezes soa fundo do poço demais, mas quem nunca esteve lá? Quem nunca viveu momentos que achasse serem os piores da sua vida?
Difícil achar o que "atire a primeira pedra". Porque tristeza é o mal do século em que as pessoas fazem absoluta questão de demonstrar felicidade. É engraçado (e ao mesmo tempo trágico) que as imagens dos sorrisos estejam estampadas o tempo inteiro em nossas redes sociais; convenhamos - ninguém é só sorrisos, simpatia e alegria.
No fim das contas, os dias tristes são os que mais impulsionam boas costuras de verbos... Essa tecelagem de palavras funciona com combustíveis estranhos - um dia triste, uma mudança brusca na nossa vida, uma lembrança, um minuto de silêncio, um olhar, uma necessidade...

22 de jan. de 2013

Por isso, cante!




Conheço essa música há um tempinho. E confesso que ela me balança. Mas quando o assunto é música, fico mais sensível... Não sou uma conhecedora de instrumentos, fã de bandas ou uma apaixonada por canções de outrora, nada disso. Apenas sinto a letra, fecho os olhos e me delicio com a melodia.
(Tem gente que brada um discurso anti-música internacional, porque não entende nada. Bem, de primeira eu também não absorvo muita coisa e a internet está aí pra isso...)
Pois pois. A música em questão é uma DR de um casal pós término mal resolvido. Triste, por conta do término. Mais triste ainda porque o eu da música é tratado apenas como "uma pessoa que você conhecia".
A melodia é densa, parece que não vai sair de si quando você canta pela primeira vez e não consegue acompanhar corretamente. Só hoje ouvi algumas vezes e, por favor, estou arrasando no refrão...


But you didn't have to cut me off
Make out like it never happened and that we were nothing
And I don't even need your love
But you treat me like a stranger and that feels so rough
No, you didn't have to stoop so low
Have your friends collect your records and then change your number
I guess that I don't need that though
Now you're just somebody that I used to know