27 de mai. de 2011

De onde você vem?

No dia-a-dia, nas horas de lazer, no caminho até o supermercado, em todos os lugares e praticamente o tempo inteiro, encontramos com pessoas diferentes - são roupas, rostos, cabelos, calçados, bolsas, carros, em torno dessas pessoas, objetos externos que podem aparentar alguma ou outra coisa que está por dentro daquela pessoa, mas não dizem muito.
O jeito de falar, a presença de uma criança, a companhia de uma mulher mais velha, se a pessoa usa maquiagem, brinco, como o cabelo se arruma, talvez esses outros objetos, agora superficiais, queiram dizer quem é essa pessoa - pai/mãe, professor(a), paulista, baiano(a), empresário(a), vaidoso(a) -, enfim, outros tantos fatos da vida de alguém que não signifiquem tanto e possam ter um sinificado atruibuído erroneamente.
Rotineiramente, flagro a mim mesma fazendo as mesmas perguntas: De onde veio essa pessoa? E pra onde vai? Será que ela é gentil? Será que tem filhos? Porque será que essa pessoa fala desse jeito? Porque essa pessoa não quis sentar do meu lado? Será que essa pessoa já foi vítima ou praticante de algum tipo de violência? Como deve ter sido a infância dessa pessoa? (...)
Incansavelmente, eu tento montar um quebra-cabeça, criar fatores que justifiquem aqueles objetos externos e superficiais que fazem parte dessas pessoas. Eu imagino dramas, famílias, escolas, infâncias, pessoas, educações, MUNDOS diferentes. Eu imagino e fico morrendo de curiosidade, morrendo de vontade de chegar e falar "E aí, como é a sua vida?"(lógico que não o faria, tenho cara de doida?)...
Não só com as pessoas que encontro no meu caminho - na ida pra a universidade, na universidade, na lanchonete, no trabalho, na rua etc -, mas com as pessoas que vejo na televisão. Exemplo clássico(e clichê): menor de idade de classe média envolvido em algum homicídio.
Que educação esse indivíduo deve ter recebido? Como a sua estrutura familiar se portou durante sua vida? Teria esse indivíduo passado por situações traumáticas? O que o levou a fazer algo,que julgamos tão absurdo pra uma pessoa que mal tem personalidade formada?
E por aí vou...
Me pergunto, me respondo, invento.


Assim surgem os meus personagens.

26 de mai. de 2011

Beco sem saída

Eu preciso falar. Falar, falar e falar, e não cansar nunca, e alguém mandar que eu me cale. Mas aqui ninguém manda que eu me cale. E eu falo. Pois bem.
Odeio gente repetitiva. Odeio gente que não é humilde. Odeio esse amor moderno que surge em duas semanas. Odeio essa superficialidade. Odeio gente que fica querendo saber mais que todo mundo. E odeio muito, mas muito mesmo, gente preconceituosa. Odeio falsos simpáticos, falsos 'boa praça'. Odeio atrasos. Odeio chuva e frio. Odeio hipócritas. Odeio esse mundo que vive de aparências. Odeio o teclado do meu notebook que dá pane no meio do texto. Odeio pessoas que falam uma coisa e fazem outra. Odeio essa falta de inspiração que me aflinge tanto. Odeio quando planejo algo e não dá certo. Odeio mesmo. Odeio tudo isso.
Odeio formiga, odeio perdões repentinos. Eu não sei fazer isso. Eu odeio essa coisa de 'dar segunda chance'. Eu odeio muito acordar cedo. Odeio gente que escuta música no celular sem fone de ouvido em ambientes públicos. Odeio procurar uma música pra baixar e não encontrar. Odeio gente corrupta, que quer tirar vantagem de tudo. Odeio quando Charlotte peida perto de mim.
E agora estou odiando não lembrar de mais nada que odeio.

Era isso. Reli tudo e continuo me achando uma velha com espírito egoísta e rancoroso. Fazer o quê,né?


ps: música-inspiração. se você tentar entender o porquê, me explique, por favor.

4 de mai. de 2011

Peru sim. Morro na véspera.

Ai ai ai, ansiedade, porque eu? Porque fizeste de mim mais uma vítima dos teus tormentos? Eu não durmo, eu não me concentro.. Somente penso no que está por vir! Porque tem que ser assim?
Eu deixo as minhas unhas em paz, mas comer que é bom nada(ok, isso é até uma coisa boa tendo em vista que vou apresentar com uma roupa sem aquela parte que cobre a barriga)...

Pela primeira vez, eu tô quase histérica com uma apresentação de dança. Em agosto, acontece o Oriental Fair (www.orientalfair.blogspot.com) em Feira; eu inventei de apresentar uma coreografia solo com a espada. E ainda vou colocar minhas pupilas pra dançarem também.
Tenho pensado nos mínimos dos mínimos detalhes: que brinco usar, que maquiagem fazer, como usar o palco, o nome da coreografia, que música é a perfeitona, onde vou escovar o cabelo, pinto ou não?, braceletes ou não?.. Ai, é tanta coisa! Vou dormir tendo ideias e praticamente já acordo pensando nisso...

E agora?
Só em agosto saberemos.