9 de set. de 2011

Ontem me deu saudade.

Das tricotagens na aula de literatura. Das conversas no papelzinho. Dos intervalos de aula conversando no banquinho com Marlene mandando todo mundo ir pra a sala. Dos abraços inesperados. Do desespero pelas respostas premiadas. Das imitações bafônicas. Das brigas pra decidir cor da camisa. Das discussões homéricas na aula de redação. Da enrolação na aula de física. Das mentirinhas debochadas (em que eu sempre acreditava). Dos intervalos sentados na mesinha da praça de alimentação. Dos dias do mico "fail". Do forró prévio de são joão. Da ansiedade pelo resultado do vestibular. Do emocionante discurso de formatura. E do entediante também. Da tensão pré-simulado. De brigar com uma vaka qualquer. Da aula chata de inglês. Do pãozinho da cantina. Das loooooooongas aulas na quinta de tarde. Das fugidinhas pra o mercantil. Das sonolentas quero dizer irresistíveis aulas de química. Dos conversadores incansáveis. Das dúvidas com o cdf boa praça. Das intriguinhas entre turmas. Do menino que me chamava de querida e me deixava SUPER irritada com isso. Dos meninos tímidos e engraçados. Das meninas organizadas. Das festas desorganizadas. Das despedidas de um professor(que nunca foi a nenhuma delas kkkk). Da professora apelidada de cão. Do professor de franja branca, do professor magrelo, do professor barrigudo, da professora maria-betania-feelings, da professora perspicáz de gramática, do bossalzinho oui oui , da professora patricinha, do professor rude(que no fundo era um fofo), do professor rush-rush-rush-rush, da professora da bioética, dos professores que chegaram nos 45 do segundo tempo, do professor-vereador-contador-de-história, do professor de camisa verde - de todos eles.
Ontem me deu saudade daqueles dias intermináveis, daquela maldita trigonometria.

Ah, terceiro ano, fico saudosa,porém muito feliz que tenhas passado dessa forma..


(Será que eu preciso citar nomes?)

8 de set. de 2011

Temos nosso próprio tempo.

O filme  "O homem do futuro", dirigido por Claudio Torres, e lançado na última quarta-feira entoa nos seus 102 minutos a canção de Legião Urbana, Tempo perdido, repetidas vezes, como alguma espécie de mensagem subliminar.
O personagem principal Zero é um cientista amargurado que trabalha num projeto de uma 'nova forma de energia' que,sabe-se lá como, foi capaz de levá-lo a uma noite traumática do seu passado, quando passou por uma humilhação por parte de sua amada Helena. Desesperadamente, ele muda o passado, achando que desta forma terá um futuro magnífico -  o que, obviamente, não acontece. Com a consciência do seu primeiro futuro, ele percebe que fez uma grande estupidez ao tentar mudar o passado e retorna para impedir a si mesmo que mude o próprio passado.
Lembrando muito o formato de vai-e-volta de "Efeito Borboleta", o filme atrai por deixar no ar - final feliz ou final trágico para o homem que quis brincar com o tempo?
Os incríveis e talentosos Wagner Moura e Alinne Moraes dão vida a Zero e Helena respectivamente e mostram que o cinema brasileiro é capaz de ser bom sem precisar falar palavrões.
Além de cômico, "O homem do futuro" é tocante, emocionante.
Eu adorei. Muito.



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