20 de nov. de 2012

A vida sempre continua

A cara feia que a morte tem lembro-me poucas vezes de tê-la visto de frente. Acompanho, na verdade, através dos reflexos nos rostos de quem ainda vive. E o sofrimento dos sobreviventes é o mais estranho de tudo. Lágrimas, contorções, desmaios. O medo de ser o próximo grita em cada um de nós a cada vez que falamos de morte.
Os diferentes caminhos que a vida toma para chegar ao seu final são responsáveis pelas marcas profundas (ou não) que ficam em nossas almas. Saúde frágil, assassinato, suicídio, acidente de carro/moto, desastre natural, câncer... Quantas possibilidades existem e há quem pense que somos resistentes e fortes.
Como falar de morte sem lembrar das religiões e do conforto que nos trazem. Pergunto-me como lidam ateus, agnósticos e afins.
Alguém responde?