25 de ago. de 2011

Algumas coisas que aprendi na van Feira-Cachoeira

1. Fones de ouvido não são acessórios, são itens de necessidade pública por alguns motivos:
- o cd do motorista é muito tosco(ex.: Aviões do Forró, às seis e pouca da manhã)
- tem alguém que fala alto e te deixa sabendo toda a sua vida(ex.: "esse negócio de separação não presta, não; eu larguei a mulher, continuo pagando tudo, que ela não trabalha, e tem os meus filhos,né, e agora eu ainda pago as minhas contas" - romantismo? oi?)
- tem outro alguém muito mais rude e tabaréu que fica ouvindo qualquer coisa no celular - qualquer coisa porque até quando é algo que eu gosto me sinto mal; é um assédio musical, um estupro aos meus ouvidos que perdem sua vontade própria e tem sua liberdade violada
- caso clássico de discussão religiosa acontecendo ao das minhas zurêa: "Esse negócio de micareta vai acabar, o povo tá tomando consciencia, tá indo pra a lei de crente (...)"

2. Se estiver frio, ou quase frio, ou qualquer nuvemzinha no céu, não sente no fundo. Todas as pessoas da frente abrirão alguma brechinha de suas janelas e, no fim, o vento ou chuva que entrar na van serão "direcionados" para  a sua cara desacordada. E com gosto.

3. Cuidado com os ombros. Algum indivíduo -  sonolento demais e ainda desacostumado com o "jeitinho" pra dormir sem ficar escorregando ou a cabeça dando N voltas - irá utilizar os seus ombros como travesseiro ou babador. Na dúvida, chame o cobrador.

4. O motorista não vai frear prudentemente e, se quiser dormir, amarre a cabeça no encosto do banco, a não ser que você deseje um torcicolo ou coisa do tipo.

5. Certamente alguém estará com um creme de pentear "daqueles" com o cheiro super forte trazido pelo vento intenso que entra pela janela. Quanta crueldade com os nossos narizes, meu Deus.

Devem acontecer mais coisas, mas só lembrei dessas. Quando forem me visitar em Cachoeira, vão no bus da Santana - mais seguro e confortável. #Ficadica.

24 de ago. de 2011

Diga 'sim' a vida.

Mães que abandonam os seus bebês em condições absurdas - sacolas plásticas, baldes de lixo, ao relento, etc - são indignas de serem chamadas de mãe. Independente das condições em que está vivendo ou de depressão pós-parto, não há justificativa. Porque não entregar a criança a um abrigo? Ou a uma pessoa que queira adotá-la e cuidar dela? É sempre isso que eu me pergunto - se não queria a maternidade, porque não a permitiu que fosse de outra pessoa?
De fato, muitas mães não querem a maternidade. Mas sejamos práticos:  métodos contraceptivos não faltam e a distribuição gratuita em postos de saúde existe. E porque tanta gente engravida? Irresponsabilidade, falta de instrução, "acidentes de percurso", má utilização dos tais métodos. Como eu ia dizendo, nem todas as grávidas querem ver seus filhos vivos, aí aparece o aborto provocado.
Os que são a favor, dizem que a mulher tem o "direito sobre o seu corpo", esquecendo-se que em 9 meses a criança estará fora dele, podendo  ser criada e educada por pessoas que a amem e desejem. Há quem diga que a criança vai atrapalhar a sua vida e tudo mais e, na boa, como diria minha mãe: "se não quer cagar, não come!". Mas isso ainda não é capaz de convencer,né? Vamos para o argumento moral (aulas de filosofia ajudaram hehe)

A mulher nasceu, cresceu e engravidou - hoje ela é um ser pronto, perfeito. Se a sua mãe tivessem a abortado, não estaria aqui desta forma. Se a sua mãe a tivesse rejeitado antes mesmo que ela pudesse oferecer um pouco do seu amor, ela não estaria viva e rejeitando o próprio filho.
Ninguém quer ser rejeitado,não é? E lembremos que a mãe que rejeita seu filho pode um dia desejá-lo e ser rejeitada por ele.

"Se permitimos que uma mãe mate o seu filho em seu próprio ventre, como poderemos dizer aos homens que não matem uns aos outros?"
(Madre Tereza de Calcutá)

(há também motivos religiosos para minha aversão ao aborto, mas estes não cabem aqui, uma vez que nem todos os meus leitores são cristãos ou espíritas)

23 de ago. de 2011

Quando alguém bate na porta.

Hoje.
Atrasada e sonolenta, fui abrir achando ser uma encomenda de dias atrás. Lá estavam duas senhoras que me olhavam esperando o convite pra entrar.
- Bom dia,pois não?
- Bom dia,minha filha, tudo bom? Nós viemos em nome de Jeová e...
-Vocês são testemunhas de Jeová?(quase perguntando: "Do que esse cara é acusado que tem tanta testemunha??")
- Sim, Jeová é o Deus verdadeiro.
- Hum... Eu sou espírita( tinha esperanças de que elas fossem embora)(foi como dizer "morre,diabo!"), mas somos todos cristãos,não é?(tentando amenizar o susto hehe) Acreditamos no mesmo Deus e..
- Isso. Você sabe que Jesus é o filho e Deus é o pai (só faltou dizer que Maria deu o golpe da barriga), mas você conhece o nome do Deus verdadeiro?
- Jeová??? (imaginem a minha cara irônica de interrogação)
- Isso, isso mesmo.. Como tem aqui na Bíblia sagrada (ela leu algum versículoo) (...) Então, o nome do verdadeiro Deus é Jeová.
- Mas o nome é só a maneira que a gente chama,não?(porque eu tava tentando discutir?) O Deus é o mesmo, seja ele Yavé, Jesus, Emanuel, Jeova..
- Nããããão! O nome de Jeová é carregado de poder e força de Deus.
-(a outra senhora) Entrega o panfleto a elaa, fulana..

- O paraíso é isso aqui...(como eu vou mandar essa velha embora,meudeus?) Você consegue imaginar agora crianças brincando com leão ou urso? Num futuro próximo (que está próximo há quanto tempo mesmo???) isso vai chegar dessa forma para todos..
- Todos??? (WTF?)
- Todos que crêem em Jeová..
- Mas e aqueles que crêem e cometem falhas também?
- Não, só aqueles que crêem e andam no caminho certo..
- Ah tá. As senhoras me desculpem mas eu estou atrasada..
- Apareça,minha filha, (...)


Basicamente, foi isso: Jeová, Jeová, Jeová cegamente. Eu tolerei e quase tentei discutir, mas seria perda de tempo, murro em ponta de faca. Deixa lá.
Da próxima vez, digo que sou mãe de santo e bato tambor. Aí a gente vê no que dá...

(a história das testemunhas de Jeová é #tensa,gente. Podendo, leiam sobre!)