Por Madalena de Jesus
(Para Naiara Moura)
O corpo fala
O que vem da alma
E se espalha.
O sorriso diz
O que o coração sente
E transborda.
O amor vem
Em forma de dança
E se instala.
E no ritmo da música
- Mesmo que não haja som -
O gesto se faz ouvir.
A vida se mostra
Em corpo de mulher
E jeito de menina.
No espetáculo de cores
A sensualidade transparece
Na quase inocência da bailarina.
31 de out. de 2012
21 de out. de 2012
O que levei e o que deixei
Como bons livros ou bons filmes, as coisas verdadeiramente boas da nossa vida tendem a se delimitar num ciclo de começo-meio-fim. Às vezes, o fim é simplesmente um outro começo, mas pode ser também uma pausa no meio de algo maior. Costumo dizer que só Deus sabe o tempo das coisas nas nossas vidas, apesar de agirmos como se isso estivesse ao nosso alcance.
A experiência recente vivida na Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Feira encerrou seu ciclo na última segunda-feira, do mesmo modo como começou - repentinamente, porém sem prejuízos morais (alguém me arranje uma expressão melhor que essa depois que eu postar o texto,obrigada).
Desde março trabalhei como estagiária no órgão que veicula as informações e notícias ligadas ao município. Na Secom, tive a oportunidade de vivenciar a loucura e correria de uma Micareta e o tédio de uma Expofeira (sem contar o terror com todos aqueles bois,vacas e cavalos gigantes e ameaçadores). Aprendi a renovar o lead pra falar de obras de escolas e postos de saúde e que "asfalto" sempre poderá ser substituído por "concreto betuminoso".
Percebi que eu realmente adoro a parte de cultura quando fiz matérias sobre aulas de cordel no MAC e sobre tarde dançante da semana do idoso. Escrevi com prazer, falei do que senti.
Entendi que eu só sei lidar com gente e que o jornalismo sem fontes, na minha cabeça aprendiz, ainda não funciona (e nem deverá funcionar, nunca,amém.). Conheci algumas pessoas inspiradoras e maravilhosas que só me acrescentaram (e continuarão acrescentando). Conheci gente que é só gente boa, e também gente que reclama por tudo e por nada, gente que não atende o celular, gente que não dá bom dia. Conheci também bairros, distritos e povoados de Feira que nunca visitaria.
Felizmente, enquanto a proposta de um estágio, obtive sucesso. Pois, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, aprendi e cresci muito. E, com um início empolgante, um meio confuso e, às vezes, estressante, o fim chegou tranquilamente, como uma visita já esperada.
Eu, particularmente, não gosto de despedidas. Pois, como disse anteriormente, o fim nunca é um fim até que algo comece ou recomece. Um até breve, ou a gente se vê por aí. Afinal, a comunicação é um elo que não nos afastará nunca.
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