23 de set. de 2010

Diferentes e semelhantes.

Quem gosta de boa música e gosta de interpretá-las, vai a dúvida.
Amado Batista e Djavan conseguiram falar da mesma coisa; cada um no seu quadrado.
ps: podem me matar depois da comparação absurda. fkdk


Flor de Lis - Djavan

Valei-me Deus, é o fim do nosso amor
Perdoa por favor, eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei
Eu só sei que amei, que amei, que amei, que amei
Será, talvez, que minha ilusão
Foi dar meu coração com toda força
Pra essa moça me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz de uma flor de lis
E foi assim que eu vi nosso amor na poeira, poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu

Amor Perfeito - Amado Batista


Amor perfeito existia entre nós dois,
sem esperar que depois fosse tudo se acabar
Mas neste mundo em que o perfeito não tem vida,
não merecemos querida viver juntos e amar
Nosso senhor para sempre te levou
nem ao menos me deixou o fruto do nosso amor
Aquele filho seria a nossa alegria,
eu senti naquele dia ser um pai, ser o Senhor
No hospital, na sala de cirurgia,
pela vidraça eu via você sofrendo a sorrir
E seu sorriso aos poucos se desfazendo,
então vi você morrendo sem poder me despedir


Um novo jeito de dizer alô.

Quase mais que dezesseis, um dedo do pé na universidade, um juízo e maturidade. Uma dúvida paira no ar.
E agora? Quié que eu faço com essa cabeleira vermelha?
Não é que eu enjoei ou que eu cansei, adoro(m) a cor do meu cabelo. Mas daqui a um tempo não vai caber mais e eu terei que me adaptar.

Help,please.




Que será de um blog entitulado Ruiva Ao Acaso,com uma blogueira que não é ruiva?
(Respondam nos comentários.)



ps: respondam mesmo,oka?

21 de set. de 2010

Boas vindas à Primavera




ps:tenho andado meio poeira no vento mesmo..

Minha modéstia me atrapalha.

Eis um fato que eu resolvi assumir.
Nunca terminei uma prova pra dizer 'fui bem', nunca escrevi um texto pra dizer que era 'ótimo', nunca acho que dancei o tanto que eu sei. Não é que eu ache que vá tirar nota mínima ou que os meus textos são ruins ou que eu não saiba dançar. Eu sempre me cobro mais. Sempre penso 'podia fazer melhor, porque eu sei fazer melhor'.
Na verdade eu até gosto de alguns textos meus, saio das provas meio 'tranquila' e acho que dancei razoavelmente bem. Mas nunca é suficiente pra mim.

Isso é um problema. Eu sei.

20 de set. de 2010

Sobre nada, pra nada.

Pare de me olhar, relógio. Pare de me olhar com essa cara redonda e esse fala repetitiva e irritante. Tic tac. Pare de me olhar porque eu só vejo cálculos de valores de ângulos. Pare de me olhar porque eu não tenho tempo.
24 horas é pouco demais,relógio. Há muito pra aprender nesse curto espaço de tempo de um dia.
Relógio, que horas são?
Por favor, só mais alguns minutos e um café forte, daqueles que somente o cheiro acorda.


Por Deus, eu sei que as coisas vêm no tempo certo. Eu sei. Mas,relógio, que tal se alinhar com o calendário?



Calendário? Você está aí??

10 de set. de 2010

Entendendo o terceiro ano.

Nós estudamos obrigatoriamente de 12 a 13 anos. No começo, adoramos ir pra a escola, é divertido e interativo - pintamos, desenhamos, sujamos as mãos, aprendemos a escrever o nosso nome e tudo mais. Depois, vêm as primeiras lições - soletrar palavras, fazer contas de soma e subtração, 'noções' de geografia, conhecemos a história da nossa cidade e algumas coisas sobre os animais. Na terceira ou quarta série, as coisas tomam uma forma mais consistente - história do Brasil, multiplicações, divisões, geografia da região, vegetação, regras de ortografia.
A partir da quinta série começa o 'aprofundamento' das nossas vidas e a preparação pra o temido vestibular. Pra algumas pessoas que,até então, tinham notas boas, ocorre um certo declínio. São professores demais e os assuntos vêm um atrás do outro pra não se perderem.
Ensino médio: ou leva a sério ou cai fora. Eu tive muitos colegas que saíram do colégio e foram pra outros mais 'fáceis' no meio do ano. E a quantidade de assuntos aumenta, a cobrança aumenta, o stress aumenta - aos poucos,claro.
Mas, como tudo na vida tem um limite, um ponto G, o dos estudantes(a maioria,creio eu) extrapola no terceiro ano.
Vestibular é mais falado que 'bom dia' e no começo do ano é ânimo-mil. Acontece que terceiro ano ainda é vida escolar - boletins,provas, notas baixas (pronto,falei). E quando todos esses fatores aparecem juntos nas nossas cabecinhas de puberdade é desestimulante, cansativo, stressante. Chega o fim do ano(setembro pra ser mais específica) e nós já estamos putos com essa vida de escola - rotina cansativa de ter que estudar todas as matérias até as que não gostamos. Estamos cheios de cobranças.
Eu,particularmente, estou desesperada. Eu quero fazer universidade logo,por Deus.

Corremos atrás de alguns prejuízos, alguns fazem cursinho, outros fazem milhões de questões - cada um arranja um modo de estudar. Porque estudar é lei, obrigação e quase uma necessidade vital, estamos entendidos?
Pois é. Nessas horas de tensão(ou,melhor dizendo, nas minhas 24h do dia) é que eu não entendo como tem gente que abre a boca que papai-do-céu deu pra dizer que tem SAUDADE. É, colegas de sala, tem gente que tem saudade.

A vontade que eu tenho é de dizer um palavrão.

8 de set. de 2010

Mude a perspectiva


Peguei o livro emprestado achando que fosse de coisas exotéricas ou que tivesse alguma história cheia de mistério e encanto. O que aconteceu não foi o contrário, mas também não foi exatamente o que eu imaginei.
Eu fiquei encantada com a história e dei um jeito de ter o meu(jeito=pedir ao namorado como presente de aniversário de namoro).
"O Livro da Bruxa" de exoterismo e mágica não tem nada; tem muito mais do que isso. Li uma vez e entendi de uma forma. Li pela segunda vez e entendi de outra forma. E assim serão nas próximas, sem dúvida. Porque, tal como aprendi com a leitura, as coisas mudam quando nós mudamos a perspectiva, o modo de ver.
Livro indicado - para ter em casa.

"- E como devemos levar a vida? - perguntei.
- Como turistas.
- Turistas? - repeti.
- Quando viajamos, fazemos tudo para nossa viagem ser agradável, não é? Passeamos pelos locais mais bonitos, experimentamos as novidades e carregamos apenas o essencial. Sabe porque? Porque sabemos que estamos de passagem. Que cedo ou tarde iremos embora."

(O Livro da Bruxa, Roberto Lopes, editora Ediouro)



ps: As bruxas são mulheres conscientes da sua plena capacidade.

4 de set. de 2010

Qualquer um, árram.

Desde que a porra do diploma de Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo deixou de ser exigido para a execução da profissão que eu, pobre estudante sonhadora, sofro com o preconceito. Preconceito mesmo.
- Pra quê tu vai fazer jornalismo se não precisa de diploma?
E lá vou eu com meu discurso..

Escrever, realmente, qualquer pessoa alfabetizada escreve. Até eu escrevo besteiras por aqui, e olhem que nem o ensino médio conclui ainda. Escrever em um jornal(mesmo que seja publicação local) qualquer um que tenha parente ou amigo influente também pode escrever. A questão é: escrever bem não é para todos; e quando me refiro a escrever bem não falo em textos atraentes que seduzam o leitor, mas sim textos com técnica, ordem, com decência, com vocabulário condizente ao meio de comunicação, com palavras escritas corretamente e muito mais. E, sabemos também, que jornalista não só escreve. Fala. Imaginem a apresentadora do Jornal Nacional falando errado?? Que credibilidade teria esse jornal que a apresentadora fala errado?
Além de falar corretamente, precisamos de uma postura séria e neutra; sem demonstrar paixão exacerbada com assuntos que nos atraiam ou ódio histérico com coisas que não gostamos. É diferente ser jornalista de ser comentarista.
Liberdade de falar o que quiser é diferente de liberdade de falar na hora que quiser.
A informação pode ser nova, mas Fátima Bernardes é formada pela UFRJ(Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Ana Paula Padrão pela UnB(Universidade de Brasília)(informações do wikipédia xD). São apresentadoras num âmbito nacional; que têm nomes de respeito na área.
Mas, na verdade,qualquer um pode atuar como jornalista,né? Diferente de atuar como jornalista é ser um verdadeiro comunicador social. É muito diferente.
Ufa.


"Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são.
Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."
Gabriel Garcia Marquez


Brasil: eu nunca vou entender esse país

A propaganda política eleitoral gratuita exibida pela televisão e rádio começou de fato essa semana e o povo ainda não acordou. A cidade está enfeitada de 'gabinetes' de campanha, onde é possível ter algum contato com o candidato e o povo ainda não acordou.
O povo ainda não percebeu que campanha política é um grande jogo de interesses, um jogo de gigantes em que nós, população, somos o grande brinquedo. O povo ainda não percebeu que o perfil de um candidato não se é conhecido em dois ou três meses, mas sim em toda sua carreira de atuação política. O povo ainda não percebeu que esmola não resolve, acalma.
O espetáculo eleitoral começou e muita gente está somente com a seleção do Mano. E a nossa seleção? E os nossos escolhidos?
Mas que bobagem. Eles vão administrar o dinheiro dos nossos impostos, cuidar das nossas instituições de educação, (des)organizar o SUS e as nossas empresas estatais. E, claro, a floresta amazônica que os norte-americanos(porque nós, aqui do sul, americanos também somos) estão de olho.

ps1: escrito em 17-08-2010
ps2: a frase do título foi tirada do filme OLGA