4 de set. de 2010

Qualquer um, árram.

Desde que a porra do diploma de Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo deixou de ser exigido para a execução da profissão que eu, pobre estudante sonhadora, sofro com o preconceito. Preconceito mesmo.
- Pra quê tu vai fazer jornalismo se não precisa de diploma?
E lá vou eu com meu discurso..

Escrever, realmente, qualquer pessoa alfabetizada escreve. Até eu escrevo besteiras por aqui, e olhem que nem o ensino médio conclui ainda. Escrever em um jornal(mesmo que seja publicação local) qualquer um que tenha parente ou amigo influente também pode escrever. A questão é: escrever bem não é para todos; e quando me refiro a escrever bem não falo em textos atraentes que seduzam o leitor, mas sim textos com técnica, ordem, com decência, com vocabulário condizente ao meio de comunicação, com palavras escritas corretamente e muito mais. E, sabemos também, que jornalista não só escreve. Fala. Imaginem a apresentadora do Jornal Nacional falando errado?? Que credibilidade teria esse jornal que a apresentadora fala errado?
Além de falar corretamente, precisamos de uma postura séria e neutra; sem demonstrar paixão exacerbada com assuntos que nos atraiam ou ódio histérico com coisas que não gostamos. É diferente ser jornalista de ser comentarista.
Liberdade de falar o que quiser é diferente de liberdade de falar na hora que quiser.
A informação pode ser nova, mas Fátima Bernardes é formada pela UFRJ(Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Ana Paula Padrão pela UnB(Universidade de Brasília)(informações do wikipédia xD). São apresentadoras num âmbito nacional; que têm nomes de respeito na área.
Mas, na verdade,qualquer um pode atuar como jornalista,né? Diferente de atuar como jornalista é ser um verdadeiro comunicador social. É muito diferente.
Ufa.


"Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são.
Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."
Gabriel Garcia Marquez


6 comentários:

Karol disse...

Tudo muito lindo. Fala isso pra meu pai agora, bjs;*

jamile. disse...

Hehe, ainda bem que MEU pai apoia :D. aah amigam, vamos ser ótimas profissionais!

Gooldem disse...

AAAAAAAAAPOIO!

eu faço Publicidade e Propaganda e só me considerarei um profissional capacitado daqui a 3anos e meio, quando me formar. Inclusive, quando me formar casarei com a dona do blog

Marcos Rocha Queiroz disse...

eh... sem dúvidas existe uma enooooorme diferença entre os profissionais habilitados por universidades e os habilitados pela vida... rs

ainda vou te ver no Jornal Hoje =)
hashiuahsuihauihsiuahsa...

Bruna Liioitteluun disse...

Com certeza, escrever é muito fácil, mas ter coerencia e gostar disso é uma tarefa bem mais dificil

Anônimo disse...

bem pensado ruiva...e foda-se a emenda constitucional que aprovou essa porra e o deputado que criou esse projeto de lei...falar e escrever bem, não é tão simples quanto querer fazer isso...e saiba que com certeza os comunicadores, os jornalistas de prestígio, continuaram sendo os verdadeiramente capacitados para isso...e vc te muito potencial nany...se dedique e não se importe com a opinião alheia...ainda mais, depois deste texto de Gabriel Garcia Marquez, eu não me importaria com a opinião de ninguém.

\O/