16 de dez. de 2012

Um milagreiro prevê a dor de terceiros

E diz que a vida é  feita de ilusão...







" Usou as sete vidas
E não foi feliz jamais
Toda a imensidão
Passou pela vida
E foi cair na solidão "

5 de dez. de 2012

Pegue leve

Tentando ouvir um pouco mais  de música pra tornar os dias mais leves, cheguei ao Mraz e sua belíssima canção "Live high". Ouvi algumas vezes e cantei junto, porque quando eu canto, me entendo melhor.
Só que parece que não entendi nada. Tanto que ele fala pra a gente "Take it easy", levar numa boa, celebrar a realidade maleável...
Engraçado. É tão difícil ouvir os próprios conselhos. Sempre digo às pessoas que fiquem tranquilas, a vida é um sonho, uma festa; e nos últimos dias tenho me falado as mesmas coisas, mas a assimilação está difícil. Eis que ponho de novo e de novo o 'play' pra ver se finalmente faz algum sentido prático...


20 de nov. de 2012

A vida sempre continua

A cara feia que a morte tem lembro-me poucas vezes de tê-la visto de frente. Acompanho, na verdade, através dos reflexos nos rostos de quem ainda vive. E o sofrimento dos sobreviventes é o mais estranho de tudo. Lágrimas, contorções, desmaios. O medo de ser o próximo grita em cada um de nós a cada vez que falamos de morte.
Os diferentes caminhos que a vida toma para chegar ao seu final são responsáveis pelas marcas profundas (ou não) que ficam em nossas almas. Saúde frágil, assassinato, suicídio, acidente de carro/moto, desastre natural, câncer... Quantas possibilidades existem e há quem pense que somos resistentes e fortes.
Como falar de morte sem lembrar das religiões e do conforto que nos trazem. Pergunto-me como lidam ateus, agnósticos e afins.
Alguém responde?

31 de out. de 2012

Alma de bailarina

Por Madalena de Jesus


(Para Naiara Moura)

O corpo fala
O que vem da alma
E se espalha.

O sorriso diz
O que o coração sente
E transborda.

O amor vem
Em forma de dança
E se instala.

E no ritmo da música
- Mesmo que não haja som -
O gesto se faz ouvir.

A vida se mostra
Em corpo de mulher
E jeito de menina.

No espetáculo de cores
A sensualidade transparece
Na quase inocência da bailarina.

21 de out. de 2012

O que levei e o que deixei

Como bons livros ou bons filmes, as coisas verdadeiramente boas da nossa vida tendem a se delimitar num ciclo de começo-meio-fim. Às vezes, o fim é simplesmente um outro começo, mas pode ser também uma pausa no meio de algo maior. Costumo dizer que só Deus sabe o tempo das coisas nas nossas vidas, apesar de agirmos como se isso estivesse ao nosso alcance.

A experiência recente vivida na Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Feira encerrou seu ciclo na última segunda-feira, do mesmo modo como começou - repentinamente, porém sem prejuízos morais (alguém me arranje uma expressão melhor que essa depois que eu postar o texto,obrigada)

Desde março trabalhei como estagiária no órgão que veicula as informações e notícias ligadas ao município. Na Secom, tive a oportunidade de vivenciar a loucura e correria de uma Micareta e o tédio de uma Expofeira (sem contar o terror com todos aqueles bois,vacas e cavalos gigantes e ameaçadores). Aprendi a renovar o lead pra falar de obras de escolas e postos de saúde e que "asfalto" sempre poderá ser substituído por "concreto betuminoso".

Percebi que eu realmente adoro a parte de cultura quando fiz matérias sobre aulas de cordel no MAC e sobre tarde dançante da semana do idoso. Escrevi com prazer, falei do que senti.
Entendi que eu só sei lidar com gente e que o jornalismo sem fontes, na minha cabeça aprendiz, ainda não funciona (e nem deverá funcionar, nunca,amém.). Conheci algumas pessoas inspiradoras e maravilhosas que só me acrescentaram (e continuarão acrescentando). Conheci gente que é só gente boa, e também gente que reclama por tudo e por nada, gente que não atende o celular, gente que não dá bom dia. Conheci também bairros, distritos e povoados de Feira que nunca visitaria.

Felizmente, enquanto a proposta de um estágio, obtive sucesso. Pois, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, aprendi e cresci muito. E, com um início empolgante, um meio confuso e, às vezes, estressante, o fim chegou tranquilamente, como uma visita já esperada.

Eu, particularmente, não gosto de despedidas. Pois, como disse anteriormente, o fim nunca é um fim até que algo comece ou recomece. Um até breve, ou a gente se vê por aí. Afinal, a comunicação é um elo que não nos afastará nunca.

23 de set. de 2012

Possivelmente eu


21 de set. de 2012

Respeito é bom. Quem não gosta?

A Primavera é a estação das flores e cores e, a semana em que ela chega, foi justamente a que começou mais colorida em terras cachoeiranas. No último domingo (16), a cidade heróica e guerreira foi palco para uma "Parada" de gente que lutar por um tanto mais de respeito. A 3ª Parada da Diversidade de Cachoeira foi coloridíssima, purpurinadíssima e um bapho.


Foto: Paloma Teixeira
Simpatizante à causa (e do babado) , estive pela Parada durante toda a tarde e me diverti horrores. Mas, muito além da diversão e da música, passei pela manifestação com um olhar diferente.
O mini-trio, encoberto por um belíssimo arco-íris gigante, carregava uma faixa clamando por justiça à Laís e Maira, vítimas de homicído provocado por homofobia (por parte de um ex-namorado doido varrido). A rainha do evento Priscila Dion manifestou o seu verdadeiro orgulho gay em uma frase que, em partes, foi até divertida.

"Se eu pudesse escolher, numa próxima vida, como eu iria nascer, eu iria querer vir do mesmo jeito, eu iria querer ser gay do mesmo jeito. E vocês sabem por quê? Por que ser gay é um luuuuuuuuuuuuuuuuuxo"

Bem além do luxo, foi bastante lembrado o real significado do adjetivo gay. Simplesmente se é alegre. E todas as pessoas que estavam ali estavam alegres. Não somente homossexuais, mas heteros também. De todas as idades, cores e tamanhos. Gente de todo o tipo, reunida pela mesma causa. Respeito. Tolerância não serve, não é o suficiente. É de respeito que todos estavam falando. Porque não é crime o amor, então porque se endemoniza o amor homossexual? Well, eu realmente não entendo esse medo que as pessoas tem do que não é tão convencional assim... Não entendo esse medo que gera intolerância e deserespeito ao livre arbítrio do ser humano...
Afinal.
Se o corpo é da mulher, ela dá pra quem quiser. Inclusive outra mulher

16 de set. de 2012

O Encontro furado

A expectativa criada desde a saída de Fátima Bernardes do Jornal Nacional, em dezembro do ano passado, para um novo programa na grade da tia Plim-plim foi exponencial, uma vez que o tal projeto demorou seis meses para ser apresentado ao público em forma e consistência.(opto aqui por não mencionar o "show" feito na saída da apresentadora, deixo isso pra comentaristas mais profissionalizados beijosmeliguem)
O Encontro com Fátima Bernardes foi ao ar, pela primeira vez, em 25 de junho, às 10h30 da manhã, no lugar da antiga e querida Tv Globinho. Em período de férias, o primeiro dia de exibição teve recorde de audiência, o que não é excepcional, afinal, a curiosidade fala mais alto do que a rotina de assistir Hoje em dia (por exemplo). Mas quem estava em casa eram as crianças e, nos dias seguintes, o programa teve índices não muito satisfatórios de público para uma jornalista renomada como a sra Bonner.
A crítica apontava falhas como a disparidade de temas ou a participação esquisita da plateia e, em alguns meses, o Encontro foi amadurecendo e ganhando um perfil diferenciado. Mas ainda com um problema difícil. O infeliz horário em que foi encaixado na programação.
Imagine só alguém te chamar pra comer um churrascão às 8 da manhã. Estranho, não? Ou tomar um sorvete ao meio-dia, na hora do almoço. Pois bem... Certos "encontros" precisam de certos horários e o Encontro da Fátinha não tá colando.
Antes de finalizar esse texto, conversei com algumas pessoas e a opinião(em parte) é consensual. O programa deveria estar sendo exibido no turno vespertino, quando as donas de casa já terminaram o almoço e, finalmente, sentam-se a frente da televisão para assistir coisinhas. Desconfio que Malhação é um barco furado que deveria ser tirado do ar, mas a plim-plim não entende.
Enfim. Receio não poder mais acompanhar as entrevistas dinâmicas feitas uma vez por semana com um jornalista no Encontro.

Pobre rica Fátima.

5 de set. de 2012

Caso New Hit e a cultura do estupro

Desde que a notícia primeira foi dada, fiquei receosa. Até que se prove o contrário, o homem é inocente. Confirma, coleguinhas de direito? Pois bem...
 Duas jovens menores de idade acusam nove rapazotes de uma banda de pagode de estupro(26/08). Segundo elas, o abuso teria acontecido quando foram pedir autógrafos no ônibus da banda após um show numa micareta do interior da Bahia.
Pois bem, havia a acusação e houve o exame de corpo de delito, cujo resultado foi divulgado na segunda-feira (3). E então, finalmente, dou a mim mesma o direito de dizer um 'ai' sobre o assunto. Porque o meu 'ai' não é nada diante do grito que esse caso representa.
Em todos esses dias, tenho ouvido as mais diversas opiniões, vindas de pessoas com todo tipo de formação e crença.
"Ah, mas o que elas foram procurar dentro do ônibus??"
"Elas saíram sem nem falar com a mãe"
"O que essas meninas de 15/16 anos faziam na rua às 3 horas da manhã?"
"Quando eu tinha essa idade,eu não fazia isso"

Foi tanto absurdo que eu ouvi e li por aí que, por vezes, deu aquela revoltinha, vontade  de dar a louca e tudo mais. Mas, como ser civilizado, optei pelo meu espaço de expressão opinativa.
E vamos combinar agora algumas coisas...
O fato de elas estarem (como outras jovens estavam) pedindo autógrafos no ônibus da banda não justifica absolutamente nada neste caso. Nem a postura dos "branquinhos" da New Hit, quando a aceitação de algumas pessoas que acompanham o caso. Porque? Livre arbítrio, meus bens. Direito de ir e vir, conforme a legislação brasileira.
Nenhum cantor, músico, artista, o que diabo for, tem o direito de se achar no direito (redundante,porém é isso que eu quero dizer) de abusar de qualquer fã que seja.
E nenhum homem(muito menos) tem o direito de usar, tocar, fazer reticências com qualquer mulher (maior ou menor de idade) sem o seu consentimento, apenas pelo fato da "circunstância permissiva", que, de certo modo, era onde as moças se encontravam.

Essa cultura de estupro, em que a vítima é  culpada, já foi. Não pode mais ser engolida, nem por homens e, principalmente, por mulheres.
Por favor. Acordem. Ou acordemos, eu diria. Piadinhas devem ser deixadas de lado, pois o assunto não é brincadeira.
Nove homens, duas moças.
Qual a graça disso?


Vamos ver o desenrolar do caso, pra ver se os bonecos conseguem sobreviver ao sistema penintenciário brasileiro e seu sistema paralelo de leis...

Tempo perdido?

3 de set. de 2012

A outra

Nos ensaios, sou eu, um espelho, suor a mil, legging qualquer e música não muito alta por causa dos vizinhos... No palco é tanta coisa, tanta energia, tanto bastidor...

Unhas devidamente embelezadas, pintadas de acordo com o figurino. Cabelo bem esticadinho, com pontas cacheadas, criando um volume diferente. Passagem de palco e aí já foi... É a outra. A cigana, a moça da espada, a menina do véu, do derbake, da dança do ventre...
É a outra que dança e celebra. Porque, para si, a dança é pura celebração.
Olhos no público, sorriso aberto. Quanta alegria naquele lugar que é o palco.
Soa egoísta dizer que o momento é só meu e de mais ninguém?

Não adianta querer ver os amigos, familiares e desconhecidos na plateia... Rostinhos não aparecem em HD quando estou sem as minhas lentes... Prefiro assim. O olhar da pessoa que verei na semana seguinte me dá uma sensação de cobrança que tira todo o feeling da coisa... Que é A coisa do palco,sabe?
A coisa do palco e da outra... Porque ninguém acredita ser eu. "É você nessas fotos?" Acho engraçado...

Hoje ouvi que quem dança é um mulherão e quem vai fazer as aulas é uma menina, uma mocinha... É possível sermos eu e a outra uma só...
Porque somos enquanto dançamos, dentro de mim, a cada batida, tremido, ondulação, giro, salto...


"Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher", igual a Cássia Eller!



Foto: Rodrigo Cazeta.

24 de jul. de 2012

Feliz todo dia.

Aos meus amigos tão amados, que tão bem me conhecem e sabem o quão sou "cismada" com datas comemorativas. Na minha cabeça, todo dia é dia! E pode ser o  último dia...
Aos meus amigos queridos, um feliz dia do amigo, feliz segunda-feira, feliz terça-feira, feliz quarta,quinta, sexta, sábado e domingo.
Que sejam felizes todos os dias e que em nenhum deles esqueçam de mim. Que lembrem de mim um pouco só de vez em quando e não precisa ser muito nessa data que inventaram. Porque a amizade, que é o que realmente importa, ninguém inventa. Ela se faz, cresce e vive em nós!


Trechinho da música "Amiga" do Tim Maia pra completar a mensagem... (lembrando: Amiga = amig@s)

Amiga
Tua palavra é o meu caminho certo
Teu pensamento, o meu livro aberto
Não vá agora, eu preciso de você
Amiga
O meu passado você conhece
E muitas vezes você se esquece
Que agora no presente tenho tanta coisa pra contar
Amiga
Estou tão só que às vezes me perco
Tua palavra será o meu acerto
Preciso agora de você um pouco mais

19 de jul. de 2012

Reabilite o meu coração.


Pedi a Vanessa(da Mata) que, em seu magnífico show e com suas belíssimas canções, reabilitasse o meu coração, como em "As palavras". Mas coisa difícil mesmo foi não lembrar... O concerto começou "Vermelho", e que meigos eram os meus olhos ao se controlar para permanecerem secos. "Ainda bem" mesmo que eu não tinha levado celular nem nada do tipo,porque se não como seria a minha vida?
Me sentia como os "Ilegais" em cada recordação, tentando não deixar uma maldade veloz me alcançar... Não consegui ter tanta paz. Mas era a paz que eu queria, por ela que eu buscava... Pedia "Não me deixe só"... Hoje vejo: meu destino é raro, eu não preciso que seja caro.
Vanessa cantava e eu cantava, querendo cantar mais alto que ela. E sem ser "Meu aniversário" conseguia cantar: Parabéns eu. Me protegi cercada de bons amigos, como ela aconselhou. Eu ia bem, muito bem. Até perceber que podia sim, ser sim "Amado". Mas nada devia acontecer. Inerte, me segurei. Respirei, tomei um gole do refrigerante mais gelado que já provei na vida. Detonava minha garganta, mas fez-se necessário.
Me entreguei e lembrei. Ela cantou que o pior não é conseguir, é desistir de tentar. Sei, assumo o quanto ainda "Te amo"... E lamento que não sejamos "O tal casal" depois de tudo...
Ia do fundo do poço ao topo do mundo em segundos. Em tantos extremos mergulhei... Precisei mesmo da "Boa sorte" pra me curar da pessoa que nunca devia ter me aconselhado... Só um desencontro.
Pensei voltar, pedi a Deus que mantesse esse desejo n"A distância"...

Respirei, suspirei, transpirei. E me jurei um amor desses de cinema. Amor próprio sem limites. Cantei em alto e bom som "Ai ai ai ai"...Desejei brevemente um banho de chuva... Deixa pra depois. Ilhéus me esperava e eu precisava estar LINDA.

29 de jun. de 2012

Deprimente.


18 de jun. de 2012

Luto.

Já se passaram dois meses e os verbos continuam a ser conjugados no presente. Ela fala, ela faz, ela conta... Não mais.
Ela se foi em um dia que era seu e sempre será. Completaria os 82 anos de luta e digamos que, de certo modo, o fez. Um ciclo foi encerrado. Uma vida mudou de fase.
Precisei de um certo ópio, que até fez com que eu parecesse uma pessoa fria. Não foi frieza, foi fé mesmo, da mais potente. A fé consciente de que o descanso espiritual finalmente chegaria, que a paz a levaria para um lugar melhor, com melhores companhias.
Porque a morte sempre parece tão difícil, tão dolorosa e tão ... indescritível?
Me faltam ainda palavras, expressões, detalhes, verbos pra falar disso tudo porque, de certo modo, ainda dói. E doerá um pouco menos a cada dia, eu sei. Mas é de dor de saudade que eu to falando.

17 de jun. de 2012

Carta a um bom amigo

(02:00 am)


16 de Junho de 2012                                                              Cachoeira - Bahia

Querido Sexto Sentido,

Desculpe incomodar-lhe a essa hora, é que o meu assunto é de extrema urgência. Venho por este pedir-lhe desculpas, de fato, por uma certa surdez que me atingiu temporariamente. E quão temporariamente, hein, fiel amigo?
Por alguns anos, você gritou, digitou, falou, beliscou e até esperneou certas "coisitas" e eu, tola, fugindo e não ouvindo de verdade. Perdoe-me, amado instinto feminino, pela surdez e pela loucura.
De tudo que vi, duvidei e achei, fosses tu quem me indicou e, finalmente, no último momento eu te ouvi de verdade. E que raiva. Você estava certo, tão certo ao ponto de tornar todo o resto muito errado.
Estimado companheiro, obrigada por me acompanhar nessa longa madrugada(que só começou,hein) e por me acompanhar até sempre.


Sua escudeira
(1/Todos, Todos/1)


Naiara Moura Pinto

5 de jun. de 2012

Energia que dói

Do ócio(digital, Roque Freitas) veio a curiosidade de reler alguns comentários do meu blog. E dos comentários dos meus amigos lindos e leitores amados, deu vontade de reler alguns textos. Textos escritos em dias tristes me trouxeram uma tristeza inexplicável, uma lágrimazinha no canto do olho. Textos escritos em TPM's vieram com a mesma chatice furiosa. E aqueles textos de alegria? Ah, o sorrisinho no canto do olho me vem com saudade...
Coisa engraçada, precisei dividir com vocês.
Esse meu muralzinho de memórias chamado "blog" serve como um carimbo de tempos em tempos, dias e dias. Fui obliviando-me, obliviando-te(como Thainá Freitas)... São três anos e três meses blogando e escrevendo a mão, o texto deve ter melhorado alguma coisa. Mas a sinceridade e energia que vem através dele continua a mesma. E é só disso que esse blog se sustenta. Energia que, às vezes, dói.

Obrigada, amadinhos. Por me ouvirem enquanto lêem.

1 de jun. de 2012

E aí, que é que você acha?

Já dei meu "bom dia" ao mês de Junho e desejei coisas melhores por ele e pra ele, já "bati" pernas pelo comércio e viajei alguns quilômetros (literalmente) pensando nisso. Não superei a boa fase dos porquês e acredito que isso possa ser beneficioso, às vezes. Dizem que a curiosidade incansável é uma boa característica para uma (futura) jornalista, então eu estou bem.
Mas me, enfim, expliquem, amigos, pois ainda não consigo entender.Porque precisamos opinar sobre tudo?
Achar, entender, pensar, refletir e opinar. Puts. Em sala de aula já discutimos sobre isso e eu, na minha humilde ignorância, não me dei por satisfeita da reflexão. Uma pessoa sem opinião não é bem vista. Estar no neutro não é interessante. Mas porque diabos eu tenho que achar algo de tudo?

A cena
Pessoas conversando sobre algum assunto bem polêmico, eu lendo alguma coisa ou assistindo TV, a pergunta:
- E aí, o que é que você acha, Naiara?
- Eu?
- É.
-... eu... eu... eu não sei. Ah, sei lá.

Soa patético assim, mas, poxa, vamos combinar que só acha quem procura. E nem sempre eu procuro saber de determinados assuntos pra achar o que quer que seja. E não é a toda hora que eu deseje expressar minha opinião; opinião é opinião, pô. Não se sai dando por aí.

Mas e vocês, o que acham?

29 de mai. de 2012

A world dance

Maio se vai, junho logo chega com suas datas consumistas e, por favor, forget about the price tag!

A crise

Essa noite eu tive um sonho bastante esquisito. Eu tinha escrito um texto sobre alguém próximo da minha família, falando mal dessa pessoa e postado no meu blog. Como assim? Era sonho.
A pessoa tinha lido o texto e, elegantemente, me disse: "Não vi nada demais no seu texto. Só vi um blog com letras grandes, desatualizado e com escassas visitas."
Acordei assustada. Com raiva da pessoa, confesso. Agora penso que era meu inconsciente me dando uma bronca, no maior estilo "Que tipo de estudante de jornalismo você é?"
Em 2009, 120 textos. 2010, 99. 2011, 52.
E que merda de decadência em 2012 é essa? Menos de 1 texto por mês.
Estou em crise. Presiso de um roupinol e algumas doses de piração, por favor.
Estou cheia de estar inspirada.

23 de mai. de 2012

Pause, please.

Meus últimos meses foram corridos. Feira, Cachoeira, Feira, Cachoeira, Feira, Cachoeira; quase todos os dias. Entre aulas, estágio e Espaço de Dança, eu me pergunto como ainda não surtei.
Passos rápidos para chegar em um desses lugares e, eventualmente, uma pessoa conhecida de longa data encontrada no meio do caminho. Um aceno com a cabeça e passos rápidos. Droga de pressa.
Seria tão bom saber o que Fulana tem feito da vida, pra que faculdade foi, se está trabalhando, se casou, engravidou, essas coisas... Não há tempo pra uma pausa, nem que seja de 5 minutos. Antes de sair, eu já estou atrasada, que luxo é esse de bater um papinho no meio da rua? Impossível.
É estranho saber que as vidas dessas outras pessoas deram voltas e voltas (das mais absurdas) e não poder parar pra ouvir da própria pessoa 'o que vi da vida'(na maior vibe do Fantástico). É estranho não poder parar. É estranho não conseguir dizer 'oi, como vão as coisas?'.
É estranho não ter tempo.

5 de abr. de 2012

Vermelho, amarelo, verde.

Os adventos da modernidade nos deixaram preguiçosos. Bendita sejas tu, Roda! Patins, bicicletas, skates, motocicletas, carros, carroças, caminhões e assim vamos. Mas parece que a Roda nos trouxe uma amnésia, porque o que eu mais vejo são motoristas/condutores esquecendo que, eventualmente,  também são pedestres.

Na selva urbana, andar a pé é pousar de formiguinha. Faixa de pedestres? Quê? É decorativo? Parece...
Completando o kit mate-pedestres-do-coração, vem o advento das acelerações antes de o semáforo efetivamente abrir. É quase um 'corram que os carros e motos vem aí'. Ah, não poderiam faltar as sinalizações incorretas para a esquerda ou direita e a falta de sinalização de alguns veículos. Difícil andar a pé, como pessoas normais fazem. Porque basta estar num carro que... bum! Quem são vocês a pé mesmo?

Alô, Brasil. No trânsito não tem educação. Sou obrigada a generalizar. Perdoem-me as exceções.

2 de fev. de 2012

As coisas que aprendi nos discos

Vos escrevo sentada, na minha segura residência em Cachoeira. Troquei a cadeira, peguei uma mais confortável pra que a coisa fluísse melhor. Queria gostar de cigarros e de whisky, tornaria a cena mais patética ainda.
Há tanto para ser dito, há tantas feridas a serem mexidas.
Sou de uma geração que cresceu online - mIRC, bate papo da Uol, Msn, Orkut, Twitter e, por fim, o atual amado e adorado Facebook. Só o nome dessa rede social renderia um artigo acadêmico, mas o problema não está na rede, e sim nos peixes.
Peixinhos que vivem atrelados a um cardume sem guia, que nada fundo e fundo nos mares "internetescos", usando seus dedinhos jovens para teclar, clicar e desenvolver LER(lesão por esforço repetitivo). Peixinhos que tomam leite com nescau, gritam "Manhê, tô com sede". Somos tão preguiçosos, tão acomodados. Somos porque meu 'perfil' se enquadra nessa trupe infalível.
Reclamar é a coisa mais incrível que os seres humanos aprenderam a fazer - reclamamos do frio, do calor, da chuva, do preço das coisas, do salário baixo, do trânsito, da demora pra atenderem o telefone e, lógico, dos políticos que nós elegemos.
Bem, mas o que as unhas tem a ver com os cadarços?
Essa geração online não vai às ruas, não pinta a cara, não faz cartaz, não apanha da PM como nossos pais. Essa geração também não assiste horário político, não vai a comício, não vivência campanha, não conhece candidatos.
Mas aí me vem uma greve dos Policiais Militares da Bahia, um arrastão, um caos municipal e... mágica! Somos politizados, vamos lutar. Oi? Vamos falar mal do prefeito porque é o prefeito. Oi? Vamos reclamar porque as padarias estão fechadas. Oi? Vamos ficar em pânico porque os nossos carrões podem ser roubados na porta da faculdade. OOOOOOOOOOOOOOI?
Chego a transpirar com isso. Tava tudo ali. Até 12h atrás, pouco importava. Feira de Santana teve 34 homicídios em janeiro de 2012. Alguém se manifestou? Assaltos acontecem todos os dias em inúmeras partes da cidade.
E, pra completar com chave de ouro, esperava-se o Feiroeste exibido em rede nacional. Acorda,bebê. O JN no ar tá preocupado com copa do mundo, com outras coisas.
Hoje todo mundo virou jornalista. Cada um tinha uma informação nova de um tiroteio, um morto, um assalto, um 'arrastão' novo, enfim. Aí vieram discursos sobre a mídia manipuladora (no maior estilo high school)(e eu aqui tendo crises de risos), sobre como a Globo não publica notícias importantes e blábláblá.
Sabe o que me dá náusea?  É tudo virtual, é tudo online.

Somos jovens, somos saudáveis.
Vamos gritar de verdade, por favor?










23 de jan. de 2012

Na boa, nada pessoal

O problema não é assistir o BigBosta. Infelicidade é acreditar que aquilo é real, natural e espontâneo; acreditar que aquelas pessoas são simpáticas e falsas(ao mesmo tempo) e isso é super normal,sabe?
Estupidez é perder dois minutos do dia falando do programa que tem a melhor e mais potente edição de imagens, falas e personagens do país.
Já foram um minuto e meio.

Era isso.