18 de jun. de 2012

Luto.

Já se passaram dois meses e os verbos continuam a ser conjugados no presente. Ela fala, ela faz, ela conta... Não mais.
Ela se foi em um dia que era seu e sempre será. Completaria os 82 anos de luta e digamos que, de certo modo, o fez. Um ciclo foi encerrado. Uma vida mudou de fase.
Precisei de um certo ópio, que até fez com que eu parecesse uma pessoa fria. Não foi frieza, foi fé mesmo, da mais potente. A fé consciente de que o descanso espiritual finalmente chegaria, que a paz a levaria para um lugar melhor, com melhores companhias.
Porque a morte sempre parece tão difícil, tão dolorosa e tão ... indescritível?
Me faltam ainda palavras, expressões, detalhes, verbos pra falar disso tudo porque, de certo modo, ainda dói. E doerá um pouco menos a cada dia, eu sei. Mas é de dor de saudade que eu to falando.

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