25 de jul. de 2011

E quem vale mais?

Fatos do fim de semana:
- Amy Winehouse foi encontrada morta. Suspeita-se de overdose. (suspeita-se? eufemismo,ok)
- Chacina na Noruega - duplo atentado: Carro bomba e tiros deferidos a jovens em um acampamento numa ilha.
Vamos analisar os dois casos,né?
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A menina que teve sucesso, fez sucesso e fazia sucesso, com prêmios e somente dois discos lançados, se recusava a ir pra reabilitação. Ela dizia não, não, não. As letras de suas músicas pareciam um desabafo, um pedido de socorro(acho que ouvi essa expressão no Fantástico) . Mas será que realmente era um pedido de socorro, ou um alerta?
Era apaixonada e o cara era um sapo. Depois que Amy morreu, ele chorou e disse que suas lágrimas não irão secar. HELLO. Ele assumiu também ter 'apresentado' a Amy as drogas pesadas. Ela era apaixonada.
Caiu nos vícios e o final da história conhecemos.
Pessoas apaixonadas ficam idiotas,ok. Mas ninguém obriga a ninguém a puxar uma carreirinha de coca,né? Amy era maior e vacinada, sabia o que fazia. Mas, por favor, (isso não é campanha anti-drogas) quem não sabe o mal que faz? Os riscos que corre? A merda em que se afunda?
Pois bem.. Amy mergulhou nos vícios, afundou e afogou-se. A quem culpar? Ao Blake? Aos pais?
Não há culpados,meus queridos... Nós somos os responsáveis pelas nossas escolhas, mesmo que as escolhas sejam verdadeira cagadas.(com o perdão da palavra)
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E lá do outro lado do oceano, lá no norte, bem norte mesmo. Um lugar de que pouco se falava, quase não se via nos jornais. Mas lá também tem fanático político racista feladaputa (não resisti). O atentado com carro-bomba assusta bastante,sabemos, mas aterroriza muito mais a consciência de que o um ódio político ao 'Partido Trabalhista'(coincidências terríveis) foi capaz de levar um homem a tamanha brutalidade. Mas não é só ódio político. Ódio às minorias, aos imigrantes,aos mulçumanos.
A complexidade da ação de Anders Behring Breivik e todos os bastidores do que ele fez são pontas de alguns icebergs, retratos de uma Europa conservadora e que ainda tem uma sujeirinha de nazismo deixado pelo cara lá do bigodinho. Mas, ok. Eu juro não generalizar nem julgar, afinal, a Noruega é um país marcado pela paz e coisa e tal (isso que estão dizendo, só tô reproduzindo).
Aí vem um louco e resolve atirar em jovens de um partido que estavam reunidos em um acampamento. Eram 600 jovens. A quantidade de mortos ainda não é precisa. Infelizmente, cada um daqueles jovens tornou-se um número a mais, um corpo a mais encontrado e enfim...
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Pois bem, no buscador de coisas da internet mais conhecido, ao digitar as palavras "massacre noruega", encontrei "aproximadamente 2.090.000 resultados (0,13 segundos) ". Quando a busca feita foi por "morte amy
 winehouse", foram "aproximadamente 5.420.000 resultados (0,12 segundos) ".
Quase o triplo.
Enquanto escrevo o texto,lembro das discussões em aulas de
redação sobre quem sãos os nossos heróis.
Nesse caso, a pergunta é: quem são as verdadeiras vítimas?
Não cabe a mim julgar quem 'merecia' ou não morrer. Mas quem
é vítima nesses dois casos, de verdade?
Pelo dicionário Priberam de língua portuguesa,  vítima é a pessoa
que "morre ou que sofre pela tirania ou injustiça de alguém". Se esse "alguém" puder ser a própria vítima,
 ok, Amy também é vítima(porém algoz)
vestibular da ufba?eim? Caso contrário, eu poderia dizer que
 Amy procurou o destino que teve, assim como
 outros astros e gênios da música.
Mas e quem não procurou? Todos aqueles jovens e um assassino...

Caberá aos mais sábios julgar.
Só acho que falaram demais de uma vítima das
próprias burradas e esqueceram as
 vítimas de uma grande burrada.

2 comentários:

Thaise Moraes disse...

Interessante, mesmo! Sua indignação e seu conhecimento sobre as questões políticas na Noruega. Esperei um pouco mais sobre o uso das drogas. E achei a parte do quem "merecia" morrer um tanto desnecessária. Um fato não anula o outro. A verdadeira questão é, o que estamos aprendendo enquanto jovens? Será que quando adultos temos formação suficiente para fazer boas escolhas ou discernir o que é bom e ruim? Sabemos conviver bem e aceitar as reais diferenças? Em ambos os casos faltou o real saber do valor da vida, o respeito a vida e o valor do ser humano. Um beijo Nani!

Anônimo disse...

Já trabalhei com dependência química e acho que o alguém tirânico neste caso são muitos 'alguéns'... Ambos os casos merecem repercussão, não desmereço nenhum, e concordo com a Thaise quando diz que faltou saber dar valor à vida e respeito ao outro e a si... Ai, ai... É complicado... ¬¬