Ah,como eu queria.

Escrever textos reflexivos,introspectivos, emotivos e tudo mais; escrever sobre dilemas profundos, problemas extremamente particulares, ou sofrimentos banais(banais rimou com tudo mais?). Eu queria tanto saber fazer um draminha de mim de vez em quando. Eu queria falar de coisas da vida como quem fala de flores. Falar de pessoas como quem fala de monstros. Eu queria falar ou fazer versinhos que fazem sorrir. Fazer rimas, que não fossem de amor com dor. Falar de clichês, ou criar os meus próprios. Eu queria de verdade. Mas eu gosto de fazer gracinha, piadinha,tudo no diminutivozinho.

Eu gosto de tirar o cômico do trágico, de tirar o trágico de mim. Eu gosto de rir da minha cara.(quem quiser me chamar de esquisita é só mandar nos comentários. juro que não vou ficar ofendida) E gosto,muito, de rir da cara do povo; das coisas do mundo e do mundo principalmente. Eu gosto de rir. E drama não é engraçado. Auto-crítica muito menos.

Deve ser por isso que eu não escrevo assim.

Mas eu gosto de ler dessas coisas, das coisas dos outros. Não sei porque.

Eu queria ter um dedinho de Clarice; mas na verdade eu tenho a unha encravada do dedão do pé do Veríssimo(eu não disse isso). Ah,gente, a Clarice é pop.

Besteira minha,né?