28 de out. de 2013

Outubro Rosa e eu.

Essa história começa numa sala de ultrassom. Mulheres sabem como fazer todas as ultrassonografias de uma vez é constrangedor. E lá estava eu, constrangida em pessoa. Gelzinho gelado e o médico:
- Isso aqui... eu acho que é um nódulo.
- Um nódulo?!?! (quase dizendo porréssa,doutor?)
- E, e aqui tem outro...
- E agora?
- Você já tem algum mastologista?
- Eu não (como se ter um mastologista fosse ter um sneaker)
- Aqui no IDM tem dr Xxxx que é ótimo.
Ok. Ótima to eu aqui com esses nódulos - pensei.
E fui para todo o processo. Mastologista, punsão, resultado da punsão, outro mastologista, consultas, exames pré-operatórios, barraco com o plano de saúde, mais consultas, barraco 2 com o plano de saúde e, finalmente, cirurgia marcada.
Foram 4 nódulos. 2 em cada mama (pra não rolar inveja, só pode). Dois palpáveis, dois não palpáveis.
No dia da cirurgia, um apagão e eu linda e apagada também.
Quinze dias depois, o resultado da biopsia estava pronto e para nossa alegria, eram fibroadenomas (leia-se benignos).

Todo mundo ficava me dizendo que isso era comum, que muitas mulheres tinham nódulos na juventude e blablablá. Mas eu, a toda poderosa fortona, só reiterava que já sabia e estava tranquila. Tranquila como, meu Deus? Eu gelei na hora que soube, gelei na hora de entrar no centro cirúrgico, gelei na hora de abrir o envelope com o resultado da biópsia e gelo até agora de pensar nas possibilidades que tudo isso seria. Não foi câncer, não foi nódulo maligno, não foi 'nada demais', como alguns dizem. Mas se eu não me prevenisse, poderia ser. E, para mim, outubro rosa é isso. 
Se toca, mulher. Prevenção é o caminho.




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